domingo, 5 de dezembro de 2010

O milagre da máquina de lavar


Era noite de sexta-feira, dia 03/12/2010.
Fiz uma prova da faculdade e tão logo acabei me retirei do recinto acadêmico indo em direção a casa de um amigo quando lembrei que nesse horário ele estaria na igreja.
Resolvi passar na igreja, pois pegaria a meia hora final do culto e daria tempo de conversar com esse amigo.
Chegando lá, me deparei com o normal de uma igreja “penteca”: gritos extasiantes do interlocutor para dar ênfase a sua mensagem, seguido de outros gritos de ‘aleluia’ e ‘glória a Deus’ do público alvo.
Típico cenário religioso! O show corria como no roteiro. O bobo da corte, o público e o rei assentado no seu trono feliz com todo o espetáculo.
Entretanto, o melhor do show estava por vir.
Reparei que no centro da igreja havia uma máquina de lavar com um lençol branco por cima e resolvi (para minha tristeza) perguntar para a pessoa ao meu lado do que se tratava aquela máquina de lavar.
Então, ele me respondeu que aquilo era parte de uma campanha.
A campanha do “Tanque de Betesda”. (Cid Moreira feelings)
Talvez você não se lembre ou não saiba, mas num relato bíblico descrito em João 5, cita a cura de um paralítico. De acordo com as escrituras, as águas do tanque eram agitadas por um anjo e o primeiro doente que entrasse nas águas durante a agitação era curado.
O paralítico curado por Jesus não conseguiu entrar porque não havia ninguém que o levasse até o tanque foi então que Jesus, compadecido dele, o curou.
Mas a tal máquina de lavar com águas milagrosas me fez pensar numa coisa apenas:
“PUTA QUE PARIU QUE PORRA É ESSA?”.
Não entenderam mesmo a mensagem de Cristo no Tanque de Betesda.
O milagre não eram as águas, ou o suposto anjo que agitava as águas, era a fé.
É impressionante que em pleno século XXI, com toda tecnologia e informação que temos, ainda haverem religiosos usando “bonecos de voo doo” para seus rituais litúrgicos.
Não entenderam que “misericórdia quero e não holocaustos”?
Não entenderam que basta “pedir em meu nome crendo e recebereis”?
Não existem atalhos.
Até quando? Até quando... [?]

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

Multiforme graça?




Bramanismo
Esta é a súmula do dever: Não faças nada a outrem que te causaria dor se fosse feito a ti. (Mahabharata 5,1517)
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Budismo
Não ofendas os outros por formas que julgarias ofensivas a ti mesmo. (Udanavarga 5,18)
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Confucionismo
Existe máxima pela qual devemos reger-nos durante toda a nossa vida? Sem dúvida, é a máxima da bondade e do amor: Não faças a outrem o que não quererias que eles fizessem a ti. (Anacleto 15,23)
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Taoísmo
Considera o ganho do próximo como teu próprio ganho e a perda do próximo como a tua própria perda. (Tai-Shang Kan-Ing Pten)
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Judaísmo
O que é odioso para ti não o faças ao teu próximo. Essa é toda a Lei; todo o resto é comentário. (Talmud, Shabbat 31a)
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Islamismo
Nenhum de vós será crente enquanto não desejar para seu irmão o que deseja para si mesmo. (Sunan)
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Cristianismo
Tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lho também vós, porque esta é a Lei e os Profetas. (Mateus 7,12)

O dia em que um sorriso parou São Paulo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Porque evitamos a verdade?

Ninguém neste recinto, incluindo o seu pastor, acredita na fé cristã. Nenhum de nós daria a outra face. Nenhum de nós venderia tudo que tem e daria aos pobres. Nenhum de nós daria o casaco a um sujeito que tivesse tirado nosso sobretudo. Cada um de nós acumula todo o tesouro que consegue. Não praticamos a religião cristã e não temos qualquer intenção de praticá-la. Logo, não acreditamos nela. Eu portanto me desligo, e aconselho vocês a pararem de mentir e se dispersarem.

Sinclair Lewis, em Elmer Gantry (1927)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A nova Jerusalém

Quem nunca imaginou, ao ler as escrituras ou por algum meio como seria a entrada no mundo do porvir, das regioes celestiais.
Pifaros, tambores, sitaras, corais de miriades de anjos, luz , gloria, trono ofuscante um grande aparato musical jamais visto, pirotecnia gloriosa fulminante para qualquer terraquio, seriam as entradas dos vencedores no reino celestial

Mas esse é o evangelho que ouvimos espelha-nos que gloria e triunfo é show, luz etc. Os pulpitos ja usam efeito sonoros musicais , iluminaçao e dramatizaçao para nos congelar a imagem mental de uma entrada triunfal retumbante.

Comecei a ver a entrada no reino celestial como quem entra na cidade do rei com um jumento, e perceber que quando isso acontece nao se quer triunfo pois triunfo ja "é", pois nada mais se quer pois ja se tem.

Mansões celestiais podem ser casas simples mas que nos sentimos em paz. Ruas de ouro podem ser ruas onde há pureza nos transeuntes. Adornos de pedras preciosas podem ser as frutas brihantes de um pomar, pode ser um gesto de abraço e aperto de mãos de seu irmao que te de a sensaçao de que é o proprio Jesus a aperta-la, e não o que se fala, como se Jesus fosse um politico em época de eleição.
Pode ser mais simples e mais enterno e mais alegre, e mais retumbante do que se diz porque é dentro de nós... Tomara... Tomara.
Show gospel já temos aqui na terra...
Espero Deus que nesse dia eu seja apenas bem vindo e me diga meu Deus: Sinta-se como em sua casa e sua familia!
Isso é melhor que orquestras... Precisamos de mais quietude e silencio!

L. Dub

domingo, 31 de outubro de 2010

Fala sério, Moisés

Levítico 12:1-8

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:

Fala aos filhos de Israel, dizendo: Se uma mulher conceber e der à luz um menino, será imunda sete dias, assim como nos dias da separação da sua enfermidade, será imunda.

E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio.

Depois ficará ela trinta e três dias no sangue da sua purificação; nenhuma coisa santa tocará e não entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação.

Mas, se der à luz uma menina será imunda duas semanas, como na sua separação; depois ficará sessenta e seis dias no sangue da sua purificação.

E, quando forem cumpridos os dias da sua purificação por filho ou por filha, trará um cordeiro de um ano por holocausto, e um pombinho ou uma rola para expiação do pecado, diante da porta da tenda da congregação, ao sacerdote.

O qual o oferecerá perante o SENHOR, e por ela fará propiciação; e será limpa do fluxo do seu sangue; esta é a lei da que der à luz menino ou menina.

Mas, se em sua mão não houver recursos para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois pombinhos, um para o holocausto e outro para a propiciação do pecado; assim o sacerdote por ela fará expiação, e será limpa.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fé? Fé em que?

Ontem fui na casa de um amigo.
Ele é crente, do movimento penteca e vive tentando me levar pra igreja dele.
Não deixa de ser amigo por isso, afinal de contas a amizade está além de qualquer segmentação religiosa, doutrinária e fé.
Bom, mas durante a conversa, ele me falou sobre a sua igreja e sobre um novo pastor que está lá e me disse uma coisa que é até normal, mesmo que não deveria ser.
Ele falou que em todas as campanhas que o pastor faz ele sempre utiliza de algum objeto palpável para simbolizar esta campanha e despertar fé nas pessoas.
O pastor justifica que o ser humano carece de algo palpável para acreditar e de fato ele não está errado em seu modo de pensar, mas aí eu não pude deixar barato e respondi a ele.
Disse a ele que isso é um dos motivos que me afastam a cada dia mais das igrejas e porque eu não seria membro da igreja dele, por exemplo.
Esse era um dos nossos diferenciais.
Eu, mesmo entendendo que coisas palpáveis me trazem uma certa noção de segurança e confiabilidade, não posso me rebaixar ao nível de um idólatra.
Porque é aí que nasce a idolatria, não apenas na veneração das imagens, mas nessa "instrumentalização" da fé.
Tirar o fator da certeza no improvável e passar a crer por intermédio de um objeto.
É como dizer: atravesse esse tunel de 1km no escuro sabendo que tem perigos dentro dele e dar uma lanterna a quem o atravessa.
Daí eu me pergunto porque um sujeito não pode ter um terço nas mãos e rezar suas novenas se outro pode ter uma fitinha da santidade? É muita hipocrisia!
Voltaram ao período moisaico.
Não me estranho ao ver arcas, candelábros, cruz, e outros objetos sendo usados como ítens poderosos em grandes campanhas de muito êxtase espiritual e emocional.
É um processo de imbecilização, nada mais.
Quando aprenderemos?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O livro mais "foda" da bíblia



"Como és tão formosa e como sabes dar prazer, ó meu amor em delícias!(...) Os contornos de tuas coxas são como joías, obra de mãos de um artista (...) O teu umbigo é como uma taça redonda, em que bebo e não me falta bebida (...) O teu púbis é como um monte feito de trigo, de onde exala um inebriante odor de lírio(...) Postas assim, assemelha-te à parreira e os teus seios são como cachos de uva(...)Então escalarei a parreira e pegarei em teus ramos (...) Então sejam os teus seios como os cachos de uva e o cheiro do teu resfolegar, inebriante como o das maçãs"

(Cântico dos cânticos, capítulo 7)

sábado, 9 de outubro de 2010

O sangue


Desde os tempos mais remotos, o homem vem sacrificando animais e até mesmo pessoas como oferendas a Deus.
Abraão , mesmo antes da criação da religião dos Hebreus, já sacrificava animais, e quase sacrificou até seu filho.
A religião dos Hebreus era baseada na Lei e nos sacrifícios de animais , e o povo entendia que a Lei era para ser seguida, e os sacrifícios são para pagar a Deus pelos pecados cometidos.
Eles não conseguiam entender que a Lei era para mostrar para o homem a sua condição de pecador diante de Deus, era o espelho da maldade do homem.
Não entendiam que o sacrifício era para mostrar ao homem que o resultado do pecado era a morte.
Era uma religião que metafóricamente ensinava que o homem era pecador e por isso não teria vida após a morte.
Outro ponto da religião hebréia que não era compreendido pelo povo, era sobre o Messias.
Eles pensavam que o Messias viria para provar que aquele sistema religioso era mesmo o correto, o do Deus verdadeiro, e a frente do sistema religioso o Messias iria transformar Israel na maior potência sobre o planeta Terra.
Nem imaginavam que já que eles eram pecadores e destinados a morte, Deus enviaria um Messias que transmitiria a mensagem de que Deus é melhor que o homem e ama o pecador imerecidamente, Mas não aceitaria honras partidas de homens, e que por isso e por entender que os homens não entendiam a mensagem do sistema religioso, o tendo transformado sim numa maneira de dominar politica, economica e religiosamente o povo, negaria ser o tipo de Messias esperado pelos homens, e por negar a vontade do homem , foi morto, e enquanto morria demonstrou amor, o tipo de amor que só pode partir de Deus e de seu Filho.
O Messias tinha sido enviado para perdoar o homem, e sua morte na cruz serviu para mostrar indiscutivelmente a toda a humanidade que esse perdão é imerecido.
Depois de algum tempo, o sistema Hebreu acabou, e surgiu no mundo um novo sistema, agora com o sacrifício do Messias como base do sistema.
Nesse novo sistema, chamado Cristianismo, o pecador não precisava mais sacrificar animais, pois o Messias já tinha sido sacrificado e seu sangue tinha pago a dívida do homem pecador para com Deus.
Esse sistema pregava que Jesus tinha morrido na cruz para pagar o pecado do homem, mas que o homem para alcançar esse perdão, deveria se transformar em sacrifício vivo , e só assim participaria da vida eterna.
E o sacrifício vivo era a obediência às regras religiosas.
Assim como o antigo sistema, o novo englobava uma regra a ser seguida e um preço a ser pago.
Mais uma vez o instinto natural do homem, o de ter de pagar para obter alguma coisa nesse mundo, seja através do esforço ou de algum bem, prevaleceu na religião humana, e por não entender a missão do Messias, colocaram um preço no perdão, na Graça, esquecendo que ela éra imerecida.
Acharam que o messias tinha pago pelo perdão dos homens, com sangue, a um Deus que cobrava as coisas com sacrifícios de sangue. Não notaram que o sangue derramado na cruz simbolisa o amor, pois foi por amar a verdade e passar essa verdade aos homens, que Jesus foi morto. Foi morto para mostrar definitivamente que o perdão de Deus tinha que ser imerecido, pois o homem não o merecia.
Esse entendimento errado sobre a missão do Messias prevaleceu nos corações dos religiosos e foi herdado por nós, de hoje em dia, mostrando que o homem é o mesmo, e que a nescessidade do perdão imerecido continua a mesma.
Por que será que os religiosos não conseguem acreditar em um Deus que possua bondade infinita?
O homem é um animal tão orgulhoso que acha que participa na obra de Deus.
Do orgulho humano saiu a religião, possuidora dos mesmos defeitos de seus criadores.
Cada grupo de pessoas acredita em uma religião diferente, sempre com seus livros santos, homens de Deus e casas de Deus.
Transformam Deus em homem, pois pensam que Deus age de acordo com os padrões humanos de comportamento.
O Deus de cada religião não tolera infiéis e os condena a sofrimento eterno, refletindo assim a vontade secreta dos corações dos religiosos.
Nunca houve uma religião que aceitasse um Deus que amasse todos os homens por igual.
No cristianismo, por exemplo, ensinam que Deus ama a todos, mas fica impotente diante da vontade do homem. Dizem que Deus gostaria de salvar a todos e mandou até seu filho ser sacrificado para que os homens sejam salvos, mas essa salvação está nas mãos dos homens, que devem aceitar ou não a religião cristã para que possam ser salvos.
O homem condiciona a vontade de Deus a vontade do homem, desprezando assim a onipotência de Deus.
A salvação fica na condição de mercadoria, que assim como no comércio, está lá na loja ao alcance de quem se dispor a comprá-la, pagando o preço estipulado pelo dono da loja.
Todo religioso, seja de qual for religião, tem um preço a pagar para ser aceito por Deus. Isso acontece desde a criação da religião humana.
Como somos influenciados pelo cristianismo em nossa sociedade , vamos falar a respeito dessa religião:
Quando Moisés montou a religião dos hebreus, ela tinha como objetivo mostrar aos homens que Deus era puro e que o pecado levava o homem a morte espiritual.
A Lei mostrava que o homem era pecador diante de Deus, e o sacrifício de animais mostrava a consequencia do pecado.
Mas o homem, como sempre, transformou essa metáfora em comércio, e quando Deus enviou seu filho para dizer, pois ele era a palavra de Deus, que Deus sabia que o homem não prestava mas o amava assim mesmo, os religiosos, com medo de que essa mensagem acabasse com o comércio religioso, o matou.
Depois, os religiosos cristãos, já com o instinto humano de achar que deviam pagar para obter alguma coisa,interpretaram que os sacrifícios de animais pagavam com sangue os pecados daqueles que sacrificavam tais animais; e tranferiram essa crença para o sacrifício de Jesus, pensando assim que seriam salvos, não pelo amor imerecido de Deus, mas porque a ira de Deus foi saciada pelo sangue do seu próprio filho.
Eles não entendem que Jesus nasceu nesse mundo com a missão de dizer e mostrar que Deus é diferente dos homens e é capaz de amar até seus inimigos.
Jesus foi cordeiro porque preferiu ser morto do que fazer a vontade do homem, e não porque foi enviado para ser morto e saciar Deus com sangue humano. Foi cordeiro porque não lutou para não ser morto.
Os religiosos acham que o preço foi pago com sangue assim como numa macumba a um Deus sedento por vingança.
O que esses religiosos desconhecem é que o preço foi pago com amor, e que o sangue representa esse amor, pois para o homem a coisa mais importante é a vida, e o sangue representa a vida.
Jesus amou tanto o homem, que se deixou ser morto mas não negou a mensagem de amor que ele veio dar, em detrimento ao sistema humano.
Jesus pagou nosso preço com amor e não com sangue; o sangue simplesmente mostra o quanto esse amor foi forte; e o seu sacrifício mostra que o perdão tem de ser imerecido.

Romim

sábado, 18 de setembro de 2010

John Lennon, o cristianismo e Cristo


Numa entrevista, Lennon declarou:

- Eu acredito em tudo aquilo que Jesus disse – tudo aquilo sobre amor, bondade, caridade –, mas não acredito naquilo que os homens dizem que ele disse. Nem posso acreditar. Ninguém sabe o que está rezando. O Cristianismo se perdeu não só porque deturpou o verdadeiro ensinamento de Cristo, mas porque se entregou a estruturas e números. Resmungam suas preces, mas não sabem o que estão dizendo. Não parecem ter capacidade para entender nada fora do cenário especialmente preparado para isso, com estátuas, imagens e símbolos. Se ser mais popular significa ter mais controle sobre os outros, eu não queria ser popular. Prefiro que nos sigam para cantar e dançar. Se todos esses defensores tivessem mais interesse no que Jesus e os outros realmente disseram, nós seríamos os primeiros a acompanhá-los em qualquer situação.

Palavras de John Lennon

Aí está o significado exato das palavras de Lennon ao ter afirmado que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo. Qualquer um que sabe usar 0,01% de seus neurônios se dá conta de que John Lennon simplesmente expressou a verdade dos fatos. Mas fazer o quê? Um gênio jamais é compreendido por gentinha ignorante, ainda mais quando essa gentinha é da estirpe religiosa.

Debwes “Get Back” Piazzo

domingo, 12 de setembro de 2010

Salvos do Voodoo Universal




Por Caio Fábio


Os termos que Jesus e Paulo usam para o diabo são de uma elegância pavorosa.

“Eis aí vem o Príncipe deste mundo...”

“O Príncipe da Potestade do ar...”

E se diz que ele, tal criatura, caiu como relâmpago; que pode se transformar em anjo de luz; e que é dominador deste mundo tenebroso...

Jesus acabou com todo esse poder na Cruz.

Mas o diabo perdeu o poder?...

Não está ele vivo e ativo na terra?...

Como pode ter ele perdido o poder?...

Sim! O Príncipe perdeu o poder!

Na Cruz ele foi despojado de todos os seus instrumentos de tortura...; perdeu a mágica de seus alfinetes de Vodu.

Todavia, mesmo sem poder, o Príncipe controla o mundo pela culpa, pelo ódio, pela indiferença, pela ambição, pela volúpia, pela glória e pelo medo dos humanos...

Mas do que nunca o diabo depende fundamentalmente no mínimo da passividade dos humenos...

Na Cruz esse poder acabou... Está feito. Mas quem não sabe, ainda viaja como um judeu marcado para morrer, sendo levado no trem do engano para um Campo de Concentração, embora Hitler já esteja morto e a guerra já tenha acabado...

Entretanto, a noticia do fim da Guerra não é jamais confirmada...

Os “aliados” continuam combatendo...

Ninguém crê que Hitler morreu...

Assim, o Hitler que os Aliados não deixam morrer..., ganhou um poder maior do que antes tinha...; pois, mesmo morto pelo poder da Cruz, é alimentado pelos “Aliados” alienados, e que não sabem como continuar a viver sem mais as neuroses da guerra...

Hoje cedo o Chico me mandou um vídeo que ilustra muito bem esses estado de passividade dos humanos ante o Vodu do diabo no mundo.

No fim o vídeo mostra que a luz do amor quebra todas as mandingas do inferno.

Sim, de modo lindo o vídeo ilustra a verdade que diz: “Aquele que não teve pecado, Deus o fez pecado por nós”; e mais: “Pelas Suas pisaduras fomos sarados”.

Na realidade, para quem olhar com olhos espirituais e de fé, o vídeo mostra que “Ele se fez maldição em nosso lugar”; mostra que Ele tomou sobre Si mesmo todo Vodu do mundo; e libertou os cativos.

Veja com olhos espirituais e discirna a lição; e mais: discernindo, creia e viva o bem de sua própria libertação.

Veja:


A maldição foi quebrada para sempre!...

Basta que alguém creia no poder do amor!...

Sim, basta que se creia e comece a tirar os alfinetes dos irmãos..., chamando a mortalidade para a própria vida pela via da fé que sabe que o diabo só continua fazendo o que faz [até entre os discípulos] porque quase todos são uns “bonequinhos” são passivos.

Quem deseja completar o que resta dos sofrimentos de Cristo mediante a identificação da própria vida com o amor redentor da Cruz, que nos leva a tomarmos as cargas e espinhos uns dos outros, levando-os em nós mesmos, por entendermos que o Bicho não suporta o amor que se entrega?

Nele, que assumiu todo o Vodu do Universo para salvar a todos aqueles pelos quais Ele se tornou maldição pelo amor solidário,

99 Ballons

Assista esse vídeo e depois comente

domingo, 5 de setembro de 2010

A parábola do bar


Dois amigos que há muito tempo caminham e conversam juntos decidem parar para descansar.
Olham ao redor e percebem que próximo deles tem apenas um bar e resolvem entrar lá.
Dentro do bar, percebem que todos estão bêbados.
O garçom chega e pergunta:
- O que vão querer?
Eles respondem:
- Apenas um refrigerante para cada.
O garçom não entendeu muito bem, pensou que era piada e perguntou novamente.
- Vão tomar refrigerante? Não querem uma cerveja?
- Não senhor, queremos refrigerantes!
Algumas pessoas que estavam em volta perceberam que os dois estranhos pediram apenas refrigerantes e também estranharam e voltaram seus olhares para o diálogo.
- Estão zoando comigo? Vocês não percebem que todos neste bar estão tomando cerveja? Por que não pedem uma cerveja também? - Falou o garçom em tom de voz mais alto.
- Senhor, queremos apenas tomar nosso refrigerante e descansar um pouco para que possamos voltar a nossa caminhada, não bebemos cerveja.
Mais olhares se voltam aos dois amigos sentados na mesa e dessa vez não era apenas o garçom que estava zangado com eles, mas os outros ocupantes do bar também.
Alguns questionaram:
- Vocês estão bêbados? Como entram num bar onde só se bebe cerveja e pedem refrigerante? Só podem estar bêbados!
Os dois amigos não entenderam muito bem, afinal de contas eram os únicos sóbrios naquele lugar. Até o garçom estava bêbado. "Como poderíamos estar bêbados se pedimos refrigerantes?" pensavam eles.
Nesse instante, todos do bar já estavam revoltados com aquelas duas figuras "bêbadas" que só bebiam refrigerante.
- Ou bebem cerveja ou podem sair do bar agora! - Disse o garçom em tom agressivo.
Os dois se levantaram da mesa e preferiram ir embora cansados e com sede.
No bar, eles comemoraram a vitória sobre os dois bêbados com uma rodada grátis de cerveja e felizes porque todos ali estavam sóbrios e se entendiam perfeitamente bem.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Meu armário de tralha gospel

Quando eu era evangélico, recebi diversas orações com variedades de unção.
Era unção pra tudo quanto é tipo de coisa.
Fora isso, também recebia as profecias e revelações.
Uma vez eu recebi a "unção de Davi" (será que era pra pegar mulher casada?); unção de levita (acho que só o Coperfield sabe usá-la).
Recebi profecias dizendo que eu viajaria o mundo pra pregar o evangelho.
Muita gente me viu em grandes igrejas, grandes palcos, multidões...
Pra isso, eu precisava receber um tanto de unção especial.
Precisava ser mais que um garoto com uma bíblia na mão.
Uma vez um cara disse que viu uma grande bíblia de ouro sendo entregue a mim, e eu estava recebendo ali a unção da palavra.
Outra vez foi um cajado de ouro.
Quem me dera eu tivesse tanto ouro assim... Me sentia um shake das arábias ou simplesmente um rapper gringo só que sem as mulheres.
Tiveram outras, mas a memória não puxa mais essa fase triste.
Li nos evangelhos um Cristo simples de costumes simples, bastante humano e com amor de um Deus dentro de si.
Li que ele escolheu homens sem capacidade alguma, habilidade nenhuma e nem ideia da proporção que era aquilo tudo.
Eles receberam a instrução de Cristo e só precisaram de uma unção para pregar ao mundo as boas novas do Reino.
O que fiz com tudo o que recebi?
Joguei num armário de tralha gospel que criei pra guardar tudo o que não precisava mais.
Decidi que apenas a mensagem que dEle recebi importava e era só o que devia ensinar.
Se vou viajar o mundo inteiro pra isso, pouco importa... Ele conhece os meus passos.
Se vou pregar pra um mar de gente? Acho que não e não tenho interesse.
Se aqueles que me conhecem puderem ver nesse ser humano imperfeito algo merecido valor e puderem ver Cristo aí, já é uma grande mensagem.
Que Cristo seja o único visto nos grandes palcos da vida... Não nesse palco dos homens, mas na vida, nas esquinas, nos presídios e hospitais, nas favelas e em todo lugar onde uma alma necessitada esteja.

sábado, 21 de agosto de 2010

Have You Passed Through This Night?

Have You Passed Through This Night?
This great evil - where's it come from?
How'd it steal into the world?
What seed, what root did it grow from?
Who's doing this?
Who's killing us, robbing us of life and light, mocking us with the sight of what we mighta known?
Does our ruin benefit the earth, aid the grass to grow and the sun to shine?
Is this darkness in you, too?
Have you passed through this night?

.

Você Tem Passado Por Essa Noite?
Essa maldade imensa - de onde terá vindo?
Como é que se impregnou no mundo?
De que semente, de que raiz é que veio a crescer?
Quem é que está fazendo isso?
Quem é que está nos matando, nos roubando a vida e a luz, zombando de nós com a visão daquilo que poderíamos ter conhecido?
Será que a nossa ruína beneficia a Terra, ajuda a grama a crescer ou o Sol a brilhar?
Será que também existe em você essa escuridão?



O "Modus Operandi" de Jeová e de Cristo

Todos os que me conhecem sabem que eu tenho um pequeno problema com Jeová.
Não consigo visualizá-lo como sendo o mesmo Cristo dos evangelhos.
Acredito que Cristo revela quem é o Pai e qual é sua vontade para os homens.
Vou tentar exemplificar o que penso a respeito desse assunto com uma ilustração:

Um aluno faz uma prova e sua nota é 0.
Jeová lida com a situação da seguinte maneira:
Mata o aluno, os pais do aluno, os irmãos do aluno e toda a parentela do aluno.

Jesus lida com a situação da seguinte maneira:
Adverte o aluno que as notas baixas não darão a ele uma boa perspectiva de futuro.



domingo, 11 de julho de 2010

U2 - Graça

Graça

Graça, ela assume a culpa
Ela cobre a vergonha
Remove a mancha
Poderia ser o nome dela

Graça, é o nome para uma menina
Também é um pensamento que mudou o mundo
E quando ela anda na rua
Você pode ouvir os violinos
Graça encontra bondade em tudo

Graça, ela tem um jeito de andar
Não como uma modelo nem como um bêbado
Ela tem tempo para falar
Ela viaja para fora do karma
Ela viaja para fora do karma
Quando ela vai trabalhar
Você pode ouvir os violinos
Graça encontra beleza em tudo

Graça, ela carrega um mundo em seus quadris
Não há taça de champanhe para seus lábios
Não há giros ou pulos entre os dedos
Ela carrega uma pérola em perfeitas condições

O que antes era dor
O que antes era atrito
O que deixava uma marca
Não fere mais
Porque Graça cria a beleza
A partir das coisas feias

Graça cria a beleza a partir das coisas feias

domingo, 4 de julho de 2010

Precisamos de Silêncio




Hoje em dia o que mais vemos e presenciamos é uma sociedade totalmente comprimida que não tem mais tempo pra nada. Andamos tão atarefados com nossos compromissos que não damos nem uma respirada, mesmo que seja só um minuto.


Não paramos mais para refletir sobre a vida sobre o mundo e nem sobre as coisas que acontecem a nosso redor, apesar de vivermos em um mundo “conectado” ainda não refletimos ou pensamos sobre nada, é tudo “pensamento instantâneo” que são repensados por alguns segundos, quando vemos uma notícia da TV não analisamos aquilo, fazemos apenas a critica e depois nem lembramos mais dos fatos.


O silêncio pode ser um bom remédio nesses últimos dias e nos próximos também, pessoas que vivem estressadas com seu trabalho não tem mais tempo pra si, vivem tão carregadas que as vezes a cabeça dói de tanta informação processada ao mesmo tempo. Medo, desanimo, preguiça e soberba são o que as pessoas mais acarretam em si no seu dia-a-dia, parece até os sete pecados capitais, mas se for parar pra pensar praticamos um pecado capital a cada segundo da nossa vida.


Enfim, obter o silêncio hoje em dia pode ser difícil, mas o que nos resta a fazer e as vezes ficar no quarto ouvindo uma boa musica ou lendo algo que nos traga algum significado ir ao parque ecológico fazer uma viajem no fim de semana faz bem pra nossa alma e pra nossa mente que as vezes está farta de tanta “chatice moderna”.



Por Wallyson Souza.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ekklesia


"Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja." (Jesus)

Que todo mundo sabe que Jesus não estava falando de templos ou denominações, tudo bem!
Mesmo que alguns insistam em associar Igreja ao Templo e declarar a importância do mesmo e até ousar dizer que não existiria Igreja sem Templo e consequentemente não existiria salvação sem Igreja.
O que Jesus está querendo dizer com edificar a igreja dele então?
Talvez nunca saberemos ou aceitaremos a verdade intrínseca nas palavras de Jesus, talvez...
A palavra Igreja é uma tradução do latim da palavra grega Ekklesia.
Ekklesia é o nome dado por Sólon (legislador, jurista e poeta grego) à Assembléia dos Homens Comuns criada em Atenas cerca de 600 A.C. com a participação de todos os cidadãos homens maiores de 18 anos.
Na Ekklesia, votavam-se questões de interesse da população.
Anteriormente a isso, as votações eram feitas no Areópago, onde se reunia um conselho de aristocrátas atenienses.
Sólon democratizou as votações, mostrando que todos os homens são iguais em direitos e não há, diante do interesse comum, aristocrátas e laicato.
A Ekklesia era muito conhecida nos tempos de Jesus.
Seguindo a lógica de Sólon, o que Jesus está querendo dizer em "edificarei a minha igreja" é reunir um agrupamento de pessoas na mesma feição da Ekklesia já existente, onde todos os homens são livres e iguais em direitos e não há mais pastores, rabinos, padres, bispos ou presbíteros, todos somos iguais.
E o nosso interesse individual é que o interesse coletivo seja a nossa única prioridade.

Nãojudeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus. (Gl 3, 27-28)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Duas razões pra se admirar o Budismo

1
"Não creiais em coisa alguma pelo fato de vos mostrarem o testemunho escrito de algum sábio antigo. Não creiais em coisa alguma com base na autoridade de mestres e sacerdotes. Aquilo, porém, que se enquadrar na vossa razão e, depois de minucioso estudo, for confirmado pela vossa experiência, conduzindo ao vosso próprio bem e ao de todas as outras coisas vivas : A isso aceitai como Verdade. Por isso, pautai a vossa conduta."
( Sidarta Gautama, 500 A.C.)


O que Sidarta diz é parecido com "Amar ao teu próximo como a ti mesmo".


2

Uma vez perguntaram a Dalai Lama:

- O que mais o surpreende na humanidade?
E ele respondeu:
- Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido...

Ninguém está seguro

Não estamos seguros!

Nada está seguro!

Segurança não existe! 

Pelo menos, não como a maioria dos que conheço estão acostumados a configurá-la.

Pense comigo....

Quando desejamos segurança, o que exatamente estamos querendo? Falando por mim, o que chamo de segurança tem a ver com estabilidade e manutenção de bens, sejam materiais ou não (se é que existe algo imaterial). Tem a ver com garantias de continuidade. Quando falo em segurança, de primeira mão, me parece ter a ver com não ser assaltado ou furtado, não ser agredido ou violentado e continuar vivendo com o máximo de minhas possibilidades, físicas/mentais, disponíveis e atuantes.  Esse é o meu conceito básico, assim como o de muita gente.

Agora reflita com acuidade e franqueza, e responda para si mesmo: quem, em todo o mundo, pode GARANTIR essas coisas? Ou pior: quem, em todo o mundo, pode GARANTIR QUALQUER COISA? Plena ausência de dúvidas.... Certeza irredutível e invariável...?

Segurança tem ligação direta com continuar vivo... mas quem pode garantir mais um dia de vida?

Suponho que o problema está justamente no fato de que, pelo que parece, não temos garantia alguma de permanecer. Não temos garantias...


No fim das contas, a vida é sempre uma questão de fé.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Você Decide!

Luis Carlos é um gerente de banco.
Homem honesto, pai de dois filhos e casado com uma bela mulher, Raquel.
Luis Carlos chega do trabalho todo dia, por volta das 18hs, mesmo horário que o escolar chega para deixar seus filhos depois de mais um dia de escola.
Sua mulher tem uma loja de roupas.
Seus dois filhos são Vanessa de 15 anos e Ricardo de 12.
Luis, sempre que chega do trabalho, joga vídeo game com seu Ricardo e depois conversa com Vanessa ou jogam algum jogo com toda família. O jogo preferido deles é Banco Imobiliário.
Nos finais de semana, Luis Carlos leva sua mulher e seus filhos para um sítio que ele comprou quando Vanessa ainda era um bebê; ou as vezes, ele leva a família no cinema, circo, teatro ou show.
Ele ama muito sua família e se da muito bem com seus filhos. Ele não tem do que reclamar em relação a sua vida, ela é perfeita ao seu modo de ver.
O que Luis não sabe é que sua esposa, Raquel, tem um amante que é o seu melhor amigo que também é sócio da loja de roupas.
Os dois tem um caso há 13 anos e Luis nem desconfia. Raquel tem relações com o sócio e amigo do marido ali mesmo, no escritório dos dois. E Ricardo, na verdade, é filho do amigo de Luis.
Certo dia, Luis ganhou de seu chefe, o restante da tarde de folga. Ele poderia sair depois do almoço, mas resolveu nem almoçar e ir direto para a loja de sua esposa para pegá-la para os dois irem juntos almoçar.
Ele não ligou, porque quer fazer uma surpresa para ela, mas ele está na dúvida se antes passa no shopping e compra um presente pra ela, ou se vai direto e leva ela para escolher o presente.
Se ele for direto, vai pegar a esposa no ato da traição.
Se for ao shopping e depois pegá-la, não vai vê-la traindo e continuará pensando que sua vida é perfeita e tem a esposa perfeita.
O que Luis deve fazer?
Você acha que é melhor ele viver a fantasia da vida perfeita ou descobrir de uma vez por todas que sua esposa o trai e o filho que ele pensa ser dele é na verdade de seu melhor amigo?
Você decide!

FIM DA VOTAÇÃO E O RESULTADO FOI 100% PARA QUE LUÍS CARLOS SAIBA A VERDADE
__,,__

Bom, a enquete terminou com o resultado unânime de 100% para que Luis Carlos descubra a verdade em relação a traíção de sua esposa.
Agora vem o resultado da história...
Na verdade, eu já sabia que a maioria escolheria pelo "sim", só não tinha certeza se seriam todos.
Criei a história com essa finalidade mesmo. Saber quantos querem a verdade ainda que isso custe muito caro e desmorone sua vida.
Eu poderia dizer que Luis encontrou sua esposa, ficou louco e aconteceu uma tragédia com morte, ou que ele perdoou, sei lá, isso não me importa, eu só queria saber quantos queriam saber a verdade.
Porque?
Agora vem a explicação...
Todos os dias vemos igrejas abertas e ensinando o evangelho a sua maneira.
Na televisão e nas rádios é a mesma coisa.
Daí, quando alguém percebe que aquela história ali está mal contada, alguém mostra que tem resultados favoráveis e muitas vezes é melhor deixar a pessoa naquele conto de fadas do que revelar a verdade.
Conto de fadas não salva ninguém.
A ilusão pode ser um paraíso pra muitos, mas ainda sim é ilusão.
Se a gente briga pela verdade naquilo que tem a ver com nossas vidas aqui e queremos essa verdade mesmo que ela nos machuque, porque oferecemos meias verdades em relação a Cristo para os perdidos?
Porque com Cristo tem que ser diferente?
Porque não temos o mesmo amor pela verdade quando se trata de Cristo?
Amar a verdade e não incentivá-la a todo custo não é justo!

domingo, 20 de junho de 2010

Keith Green - E o evangelho de Cristo


Keith Green era um músico frustrado que havia gravado dois singles aos 12 anos de idade e, literalmente, sumido do mapa. Vamos reecontrá-lo no início dos anos 70, afundado nas drogas apesar da pouca idade.
Buscou consolo espiritual em religiões orientais mas descobriu que Jesus tinha uma missão para ele. Green leu os evangelhos e detectou o que era óbvio: os cristãos estão cada vez mais afastados de Jesus.
Morador de um bairro de classe média de Los Angeles, resolveu comprar a casa vizinha à sua para hospedar sem-tetos, ex-drogados e prostitutas que tentavam se reabilitar.
Usando seu próprio dinheiro, alugou mais seis casas no bairro com a mesma função.
Logo os vizinhos começaram a reclamar, o que levou Green a adquirir uma propriedade no interior do estado do Texas, onde fundou o que viria a se chamar o "Ministério dos Últimos Dias".
Keith iniciou uma curiosa carreira musical: Green jamais vendia os discos que gravava. Pedia apenas uma contribuição à casa de ajuda a necessitados que mantinha. Contribuição que poderia ser de qualquer valor ou até não ser dada. Seu disco mais bem sucedido teve 200.000 cópias prensadas, das quais 61.000 foram dadas de graça.
As suas músicas tinham como tema a passividade do cristão frente ao sofrimento do próximo e o mercantilismo da religião. Seu apego aos evangelhos era reconhecido.
Em 82, prestes a fazer 29 anos, Green e seus dois filhos, acompanhados de dois integrantes de seu ministério e seus filhos, morreram em um acidente de avião, após voltar de uma pregação. Seu avião, um pequeno Cessna alugado, havia colidido com outro pequeno avião quando aterrisava em sua propriedade.
Sua mulher, Melody, continua o seu trabalho até hoje.

Me seguir é melhor do que se sacrificar
Me seguir é melhor do que se sacrificar
Eu não quero seus dízimos e ofertas
Eu quero a sua vida voltada para me seguir
E eu ouço você dizer que eu estou voltando em breve
Mas você age como se eu nunca fosse voltar
Bem, você fala de graça e demeu amor tão doce
Você me pede leite em abundância mas rejeita minha carne
E não posso deixar de lamentar como será
Se você continuar ignorando minhas palavras

Bem, você ora para prosperar e ter sucesso
Mas a sua carne é algo que eu simplesmente não posso alimentar
Me seguir é melhor do que se sacrificar
Eu quero mais do que noites de domingo e quarta-feira
Porque se você não pode vir a mim todos os dias
É inútil vir apenas por obrigação.

Me seguir é melhor do que sacrificar
Eu quero corações em chamas e não uma oração de gelo
E eu logo estarei voltando
Para te dar
De acordo com o que você deu

A marca da Besta

Em 70 dc, 25 anos após a morte de Jesus o imperador romano Tito devastou Jerusalém, destruindo o Templo principal pela primeira vez. A idéia era acabar com os judeus contrários à presença romana, o que ele conseguiu com relativo sucesso.
Porém, Jerusalém foi reconstruida aos poucos e em 105 dc, João escreve o seu livro do Apocalipse, baseado em outros escritos que circulavam na Judéia, porém associando fortemente os seguidores de Paulo aos conquistadores romanos.
Naquele momento a igreja cristã que chamamos de primitiva estava dividida entre seguidores de Pedro, de Paulo e os que seriam chamados de gnósticos, fiéis aos ensinamentos de Jesus.
Em 130 dc, com Jerusalém já reconstruida, Adriano, imperador romano da época resolve reformar Jerusalém e transformá-la em uma cidade de aparência grega. Destroi o templo mais uma vez e em seu lugar ergue uma estátua de Zeus e no Gólgota (onde Jesus foi crucificado) ergue uma estátua de Afrodite.
Em 131 eclode uma rebelião de judeus insatisfeitos, liderada por Simão, que se intitulava o Filho de Davi. Entre 131 e 136 os judeus foram perseguidos e dizimados. Homens, mulheres e crianças. Ao ganhar finalmente a guerra, em 136 dc, Adriano deu a seguinte opção os judeus que sobraram: Ou serem vendidos como escravos ou permanecerem em Jerusalém, negando completamente a sua identidade e abdicando de qualquer autonomia . Eis o cumprimento da profecia presente em todos os apocalipses que circulavam naquela época: para poder viver na Judéia, os judeus tinham que imprimir na testa (negando a sua identidade) e na mão (Abdicando da autonomia - inclusive financeira) a marca da besta (Adriano).
A grande prostituta nada mais é do que a igreja cristã romana que permaneceu ao lado de Roma na destruição de Jerusalém e influenciando as outras igrejas gentias que inclusive, não receberem judeus que fugissem de Adriano.
Adriano, após a expulsão dos judeus, mudou o nome da região para Palestina, em homenagem aos filisteus, que já habitavam a Judéia antes dos judeus. O judaismo perdeu força como identidade nacional e permaneceu assim até o surgimento do sionismo no século XIX.
A igreja cristã usa o Apocalipse de João como forma de amedrontar os fiéis desde o seu surgimento, já tendo eleito inúmeros anticristos e inúmeras bestas ao longo da história. Nada mais é do que uma lembrança do terror apocalíptico de Pedro, para fazer conversões pelo medo.
Quem quiser saber a opinião do Cristo sobre tudo isto, leia com atenção o sermão profético, onde ele relata exatamente a destruição de Jerusalém por Adriano mas é bem claro: isto é apenas o princípio das dores.

sábado, 5 de junho de 2010

Adormecido na luz

"O Senhor levou as pessoas até a sua porta
E você os mandou embora
Enquanto sorriu e disse:
Deus te abençõe e vá em paz
E todo o reino dos céus lamentou
Porque Jesus bateu à sua porta
E você o deixou abandonado lá fora"

Trecho de "Adormecido na luz"
Keith Green

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Deus não existe

Deus não existe. Ele é Ele mesmo pra além de toda essência e existência. Portanto, argüir acerca da existência de Deus é o mesmo que negá-Lo.

Deus não existe. Ele é. Eu existo. Pois existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo.

Deus não existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido.

Deus não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um ser na existência.

Se Deus existisse, Ele teria que ter aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de deus.

Existem apenas as coisas que antes não existiam. Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois Ele é.

Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação, afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que ser afirmado, mas apenas crido.

Deus É, e, portanto, não existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e anima vivente. Existem vegetais, peixes, e organismos de toda sorte. Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem. Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador.

Um Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder. Porém, nada além de um Zeus Maior.

Assim, quando se diz que Deus está morto, não se diz blasfêmia quando se o diz com a consciência acima expressa por mim; pois, nesse caso, quem morreu não foi Deus, mas o “Deus existente” criado pelos homens. Tal Deus morreu como conceito. Entretanto, tal Deus nunca morreu De Fato, pois, como fato, nunca existiu — exceto na mente de seus criadores.

Assim, o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega; posto que diz que Deus existe, fazendo Dele um algo, um ente, uma criatura de nada e nem ninguém, mas que também veio a existir dentro de Algo que pré-existia a Ele, e, portanto, trata-se de Algo - Deus sobre o tal Deus que existe.

A Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus. Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem e para o homem — não para Deus —; pois se fosse para Deus, o homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe; exceto na mente de seus criadores.

Deus não existe. O que existe pertence ao mundo das coisas que existem OU não existem. Deus, porém, não pertence a nada, e, em relação a Ele, nada é relação.

Defender a existência de Deus é ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” — é não só estupidez e burrice; mas é, sem que se o queira, parte da profissão de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto, aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus depende pra existir... e ou ser.

O que “existe”, pertence à categoria das que coisas que são porque estão. Deus, porém, não está; posto que Ele É.

Ser e estar não são a mesma coisa, como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É.

E quem direi que me enviou?” — perguntou Moisés. “Dize-lhes: Eu sou me enviou a vós outros!” — disse Ele.

Desse modo, Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria —, mas não Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que existem — mas sem poder dizer Eu Sou!

Jesus também falou da sutileza do ser em relação ao estar. Quando indagado acerca da ressurreição pelos saduceus (que não criam em nada que não fosse tangível), Ele respondeu: “Não lestes o que está escrito? Eu sou o Deus de Abraão, eu sou o Deus de Isaque, eu sou o Deus de Jacó. Portanto, Ele é Deus de vivos, e não de mortos; pois para Ele todos vivem”. Assim, os que vivem para sempre são os que são em Deus, e não os que estão existindo. A vida eterna não é existir pra sempre, mas ser em Deus.

Assim, para viver eternamente eu tenho que entrar na dissolvência da existência, a fim de poder mergulhar naquilo que está pra além do que existe; posto que É.

A morte pertence à existência. A vida, porém, se vincula ao que não existe, pois, de fato É.

O que existe carrega vida, mas não é vida. A vida, paradoxalmente, não pertence ao que é existente, mas sim ao que É.

Quando falo de vida, refiro-me não às cadeias de natureza biológica que constituem a vida dentro da existência. Mas, ao contrario, ao falar em vida, refiro-me ao que é para além da existência constatável.

Ora, usando uma gíria de hoje, eu diria: Tillich tem razão quando diz: “Deus não existe!” — pois é isto que hoje se diz quando algo está pra além da existência: “Meu Deus! Esse cara não existe!”. Assim é com Deus: Não existe! Pois é de-mais!(REVERENDO CAIO FÁBIO)

A graça é para todos

Havia um homem, drogado e morador de rua, que saiu de casa ainda na adolescência por conta de seu vício e foi para outra cidade, longe da sua terra, pois não queria magoar mais os seus pais.
Uma noite, ele passou mal e alguns moradores de rua o levaram as pressas para o hospital e lá ele descobriu que estava com problemas cardíacos por causa do vício.
A única coisa que o salvaria, seria um transplante de coração, caso contrário, ele morreria.
Outro homem, trabalhador e honesto, soube da história dele no mesmo dia que havia perdido seu filho por causa de um acidente.
E conversou com o médico dizendo que queria doar o coração do seu filho ao drogado.
O médico ficou espantado e perguntou se ele estava louco, pois, afinal, se tratava de um drogado e morador de rua que certamente não valorizaria aquilo e voltaria as drogas, destruindo o presente que recebeu.
Ele não se importou com as críticas do médico e insistiu em doar o coração do filho para aquele drogado.
Feito isto, o drogado foi até o homem e o agradeceu muito por tudo que havia feito por ele e disse que a partir daquele momento ele seria para ele como um servo.
O homem olhou para ele e disse que se estivesse grato pelo presente, que voltasse para a casa de seus pais e contasse o que havia sido feito a ele e nunca mais voltasse para as drogas e amasse seus pais e fizesse pelos outros aquilo que havia sido feito a ele.
Assim ele fez!

domingo, 30 de maio de 2010

Coisas da vida

Sexta eu fui fazer um depósito da empresa que trabalho.
A agência deles é numa área nobre de BH, então, os clientes são da classe alta.
Eu estava no caixa sendo atendido e do meu lado foi um garoto de uns 16 anos com o pai fazer um depósito.
Percebi que o pai do garoto ficava na minha frente como se estivesse escondendo alguma coisa.
Aí, ouvi o funcionário do banco que estava no caixa dizer pra ele "preciso do seu CPF, porque pela norma do BC depósito acima de 10mil precisa ser identificado com o CPF".
Daí eu deduzi o porque do pai do garoto estar escondendo alguma coisa. Afinal de contas, eu era um simples motoboy no banco de rico.
Lembrei de quando eu trabalhava de madrugada em call center e chegando o período de frio, uma noite que eu estava indo embora pra casa, vi um morador de rua sem cobertor e sem blusa deitado no chão bastante encolhido sem ter com o que tampar o frio, só com papelões de cobertor e colchão.
No outro dia, fui com uma jaqueta que tinha ganhado de presente.
Era uma jaqueta que a pessoa tinha ganhado no Moto GP da Espanha da equipe Kawasaki.
Então, só eu tinha ela aqui.
Falei no trabalho que eu ia dar ela para o morador de rua (porque lembrei dele no trabalho, não fui com intuito de dar a jaqueta pra ele) e o povo quase me bateu, falaram pra eu dar outra porque aquela ele ia vender pra usar drogas e outras coisas. Bom, mas ele precisava dormir aquela noite e estava frio, mais que na noite anterior.
Saí do trabalho e fiz o caminho de sempre, mas o morador de rua não estava lá, por alguma razão que não sei, ele não estava lá.
Fui pegar o ônibus em outro ponto pra ver se o achava mais adiante, e nada.
Fui embora e nunca mais o vi.
Passou algum tempo e sofri um acidente de moto e estava usando aquela jaqueta, ela rasgou e joguei fora.

Quem eu vou culpar pelo cara morar na rua e um guri de 16 ter 10 mil na conta?
O sistema?
Só sei que pelo menos uma vez eu não queria achar culpados, eu queria uma solução.
Esse cara ainda tá por aí, embaixo de alguma marquize, dormindo no sereno.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Lugar Nenhum

Já reparou que os "porques" da vida só ocorrem quando tudo (ou parcialmente tudo) está mal?
E que geralmente essas perguntas são feitas pra Deus (ainda que não diretamente a ele)?
Já reparou que Jesus não teve a pretensão de responder as questões mais antigas da humanidade?
Porque? Eu não sei!
"Eu não sei" as vezes pode ser a resposta mais bonita, clara e objetiva que temos.
- Mas ela não nos leva a lugar nenhum - alguém vai dizer...
Sim, eu sei!
Por isso ela é tão linda, porque nos mostra onde estamos: "lugar nenhum".
Não ficaremos aqui pra sempre, então, não precisamos saber as respostas para as questões mais extraordinárias da vida, porque não somos daqui e isso aqui não nos interessa.
Isso aqui não é "lugar nenhum".

"Se eu encontrar em mim desejos que nada neste mundo pode satisfazer, eu só posso concluir que eu não fui feito para este lugar." C.S. Lewis

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A árvore e os frutos

Ontem fui no culto de uma igreja evangélica e ouvi um chavão muito antigo:

"Só jogam pedras em árvore que dá fruto! Se estão jogando pedras em você, é porque você tem frutificado".

Nem preciso dizer que houve um reboliço por parte dos ouvintes, como se o Brasil tivesse feito o gol decisivo em uma final de Copa do Mundo.

Esse ditado é usado, entre outras finalidades, pra inflar o ego cristão nos momentos de "lutas" e "perseguições", quando o pau ta cantando - no popular - e a galera precisa de um incentivo, de uma palavra animadora.

Aí eu comecei a pensar nesse ditado e o que isso tem a ver.
Lembrei de Mateus 7, quando Jesus fala de duas árvores.
Ele dizia isso para nós sabermos identificar quem entre nós era verdadeiro e quem era falso.
Ele fala de duas árvores, uma que dá bons frutos e outra que dá frutos maus.
Simples!
A que dá bons frutos, obviamente, o cristão verdadeiro.
A que dá maus frutos, o falso profeta.

Continuei pensando...
Como sabemos determinar quando uma fruta é boa ou ruim?
Nem sempre um simples olhar ou tocar diz que uma fruta é boa ou ruim, as vezes é preciso prová-la.
Foi aí que me lembrei de uma velha fábula: A Raposa e as Uvas.

Conta a fábula (na versão de Millôr Fernandes) que uma raposa caminhava há dias com fome e avistou ao longe uma parreira de uvas que pareciam deliciosas e tentou com todos os seus esforços pegar aquelas uvas, sem sucesso, foi embora dizendo: "essas uvas estão verdes". No caminho, encontrou uma enorme pedra e arrastou com muito esforço, subiu na pedra e conseguiu apanhar um cacho e quando colocou na boca, rapidamente cuspiu. As uvas estavam mesmo verdes e azedas!
A raposa foi atraída pela bela aparência das uvas, porém, elas não eram boas para o consumo.

Pensando nisso, não vi muita lógica no dizer do pastor com aquilo que Jesus ensina.
Conhecemos uma árvore boa, pelos seus frutos bons e não pela quantidade de pedras que ela recebe!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Rei - 2 Parte

Depois chegou o momento em que o rei Luna
disse que as crianças deviam ir para a cama, devido ao
adiantado da hora. E acrescentou ainda:
- Amanhã, Cor, você percorrerá comigo todo o
palácio, examinando os seus pontos fortes e fracos,
pois a você caberá guardá-lo quando eu me for.
- Mas Corin é que será o rei, pai - protestou Cor.
- Nada disso, rapaz - replicou o rei Luna. - Você
será o meu herdeiro. Cabe a você a coroa.
- Mas não quero a coroa - disse Cor. - Prefiro
muito mais...
- Não interessa, Cor, o que você prefere. É a lei.
- Mas, se somos gêmeos, somos da mesma
idade!
- Nada disso - respondeu o rei, rindo-se. - Um
tem de vir primeiro. Você é mais velho do que Corin
vinte minutos. E mais ajuizado também, espero. -
Olhou para Corin, piscando.
- Mas, pai, o senhor não pode escolher quem
quiser para rei?
- Não. O rei obedece às leis, pois as leis o fizeram rei.
- Puxa vida! - disse Cor. - Não quero a coroa de
jeito nenhum. Olhe aqui, Corin... a culpa não é minha.
Nunca pensei que acabaria passando a perna no seu
reinado.
- Viva! Salve! - gritou Corin. - Não tenho de ser
rei! Não tenho de ser rei! Vou ser príncipe a vida toda.
Os príncipes é que se divertem!
- É ainda mais verdade do que ele pensa, Cor -
falou o rei Luna. - Pois ser rei é isto: ser o primeiro
em todos os combates e o último em todas as
retiradas. Quando houver fome no país (o que às
vezes acontece nos anos piores), o rei deve alimentarse
frugalmente, e rir mais alto do que ninguém diante
de uma refeição parca
.

As Crônicas de Nárnia - O Cavalo e seu Menino

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O bom ateu

Dois homens, viviam num pequeno município.
Os dois tinham um hábito comum que era fazer o bem para as pessoas de sua comunidade.
Faziam o bem de diversas maneiras.
A diferença entre os dois era a crença!
Um, acreditava em Deus e por isso fazia suas bondades acreditando que receberia o Reino em troca de sua bondade.
O outro, não acreditava em nada, era um ateu, mas fazia suas bondades porquê acreditava que era o certo a se fazer. Acreditava que independemente de suas crenças, ou auxência delas, o bem era sempre bem vindo.
Um dia, os dois morreram e se encontraram com o Senhor nos céus e Deus, dirigindo-se ao ateu, disse:
-Venha para o Reino que tenho preparado para aqueles que amaram ao próximo como eu amei o mundo!
E depois, virou para o crente e disse:
-Eu não te conheço!
O crente, cheio de fúria disse a Deus:
-Como não me conhece? Em teu nome realizei muitas obras de justiça que foram retas entre os homens, fui exemplo na minha igreja. Jejuei, orei, ajudei os que precisavam e o Senhor não me conhece? E ainda aceita esse ateu que nem acreditava que o Senhor existia?
Então Deus disse a ele:
-Não reconheço suas obras, em nenhuma delas você amou como eu amei, incondicionalmente, sem esperar em troca alguma coisa. Você já recebeu seu prêmio, o aplauso e reconhecimento dos homems. Esse ateu, realizou todas as suas obras sem esperar um céu de glórias em troca, o fez por motivos justos, por isso eu o tornei merecedor do Reino!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Páscoa

A Páscoa é uma das celebrações mais antigas que temos ideia.
Até mais antiga que o Natal.
Surgiu no Egito, na história do êxodo do povo judeu na terra de Faraó.
Para um judeu, a páscoa tem um significado muito importante: LIBERDADE!
Um judeu acredita, por exemplo, que o Messias vai se revelar no Pêssach (Páscoa), pois é na mesma época que acontece a Primavera, ou Chág Haaviv (Festa da Primavera), no mês de Nissan no calendário judaico.
A Primavera marca o renascimento da vida no mundo. A ideia chave e o renascimento.
Nesse breve relato sobre a Páscoa, o sentido dela me chama atenção: LIBERDADE!
É inevitável para mim, pensar em liberdade e não me lembrar da atuação de Mel Gibson no filme "Coração Valente", quando nos momentos finais, Willian Wallace (personagem de Mel Gibson no filme) tem como última mensagem o grito:
-LIBERDADE!
Ele tinha a possibilidade de renunciar a tudo o quanto lutou até então e servir a coroa inglesa, ou morrer por aquilo que acreditava: LIBERDADE!
Esse clamor despertou o coração dos oprimidos daquela nação que já não suportava mais ser afligida pela monarquia inglesa, bem como a história dos hebreus na terra de Faraó.
O sacrifício de um só homem trouxe o renascimento, esperança de vida para os escravos.
Isso nos faz lembrar de outra história mais conhecida que as duas anteriores, a de Cristo, que serviu como cordeiro pascal que livrou o mundo da opressão do pecado, da morte e trouxe vida a todos nós.
O sacrifício do Cordeiro Pascal trouxe liberdade para o mundo.
-Está consumado!
Estamos livres!
Pela Graça divina, estamos livres.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Hoje eu perdi um amigo




Hoje eu perdi um amigo...

Um amigo diferente, mas um amigo e eu gostava muito dele.

Alguns de vocês podem achar engraçado, outros, eu sei que vão me entender, mas quero compartilhar um ensinamento duro e doloroso que venho tendo e sei que continuarei tendo, pois faz parte do ciclo da vida.

Meu cachorro morreu, com 7 anos de existência, ele se foi.

Me lembro do dia que ele nasceu e veio para minha casa quando tinha 6 meses.

Era tão de casa e tratado como membro da família que dormia na cama, no sofá ou em qualquer lugar que estivéssemos.

As vezes rolava até um conflito em casa pra ver com quem ele ia dormir.

Há 4 dias, ele adoeceu e ficou muito ruim, não comia nada, daí levamos ao veterinário. Hoje, fui lá visitar ele junto com meu irmão e vi que ele tava muito mal. Na hora eu pensei que fosse por causa do soro, por que aquilo lá deixa a gente tipo bêbado.

Daí a veterinária disse que ele tava com insuficiência renal e gastrite, possivelmente provocada por envenenamento. Quando ela falou isso já tive vontade de chorar, imaginei que ele não fosse resistir.

Ficamos uns 10 minutos ali com o cãozinho e ele começou a gemer e agonizar, daí deu hemorragia interna e ele vomitou sangue e morreu ali na minha frente.

Fiquei pensando: “Poutz, estou do lado do meu cachorro e não posso ajudá-lo, não posso fazer ele ficar bom, não posso fazer nada, que inutilidade!”

Esse sentimento me consumiu e quando percebi já estava chorando a morte do meu amigo de 4 patas.

Acho que a última vez que chorei foi no enterro da minha avó, no dia 28/07/2008. Não sou muito de chorar...

O que aprendi com isso?

O mesmo que aprendi com a morte da minha avó...

Vou sempre perder alguém que amo e está perto de mim, as vezes a perda será trágica e não poderei fazer nada pra mudar o resultado.

Isso me lembra o óbvio, sou ser humano e não Deus, não tenho poder divino pra tocar em alguma coisa em estado crítico e fazê-lo ficar bom, ou tocar em alguma coisa morta e revivê-la.

E estou na mesma condição de ir e deixar para trás as pessoas que me amam...

A sensação de inutilidade é grande, mas ela sempre nos coloca no nosso devido lugar.

Somos humanos e não Deus...

Que Ele tenha misericórdia de nós e amenize a dor da perda!

Adeus meu amiguinho...