sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Spes Hominum – Esperança da Humanidade

Nestes dias tão corriqueiros para muitos, tão repetitivo para outros, tão formal e cheio de cerimonias para tantos, ainda se faz possível apresentar algo novo nestes dias de Natal.
            Como pode isto ter acontecido? Como pode ser tão grande amor? Como podemos ainda perceber depois de mais de dois mil anos, tamanha manifestação que ultrapassa os séculos? Por que ainda hoje esta mensagem é aquela que abrilhanta a vida daqueles que se deixam vislumbrar o Deus-menino na manjedoura? Essas perguntas podem nos apresentar diversas possibilidades de respostas, mas todas elas não podem deixar de passar pela manjedoura, pois é a partir dela que passamos a questionar a possibilidade de aprendermos sobre a Graça!
            No santo evangelho de Lucas (Lucam 2: 25 – 32) diz:  
25 Et ecce homo erat in Ierusalem, cui nomen Simeon, et homo iste iustus et timoratus, exspectans consolationem Israel, et Spiritus Sanctus erat super eum; 26 et responsum acceperat ab Spiritu Sancto non visurum se mortem nisi prius videret Christum Domini. 27 Et venit in Spiritu in templum. Et cum inducerent puerum Iesum parentes eius, ut facerent secundum consuetudinem legis pro eo,  28 et ipse accepit eum in ulnas suas et benedixit Deum et dixit: 29 “Nunc dimittis servum tuum, Domine, secundum verbum tuum in pace, 30 quia viderunt oculi mei salutare tuum, 31 quod parasti ante faciem omnium populorum, 32 lumen ad revelationem gentium et gloriam plebis tuae Israel ”.
O texto sagrado nos apresenta o homem justo, Simeão, que pôde em seus últimos dias de vida ter um encontro com o Deus-menino. Movido pela esperança, esperança essa oriunda daquele que é Eterno, e que eternamente anunciou que Simeão não morreria antes de ver a Esperança (Spe) encarnada. Este homem justo, não justo devido à uma apreciação da justiça humana, ou devoto pelo fardo que tornara execrável a ritualística religiosa, este homem é cotado como justo e devoto, pois nele podemos encontrar a simplicidade requisitada aqueles que creem. Simeão é uma símbolo de como a todo homem de boa fé se faz possível enxergar o Cristo repousado na manjedoura, a salvação, a luz para revelação gentílica e a glória para o povo de Israel.
            Somos impelidos a ouvir mais uma vez da Terra Santa para cristãos, judeus e mulçumanos, onde a cada ano somos levados a refletir sobre o acontecimento de Belém. A esperança do mundo fez-se homem na figura de um menino, na figura de uma criatura, e como ficamos admirados com tamanha ousadia e bondade de Deus, apresentar-se assim, fragilmente e dependente. Então não seria essa a proposta da esperança que se renova no Natal, a de apresentar-se mais de perto a humanidade na fragilidade de uma criança, na dependência de um bebê, mas que ao mesmo tempo, se renova a todos aqueles que podem contemplá-la, a própria ideia de esperança? Percebamos algo mais intimamente. Simeão notou essa proposta, ele idoso, nos dias últimos de sua vida, sem mais expectativas, fora renovado pela esperança de contemplar a face de Deus! Sua expectativa, ou seja, estar a espera de, cumpriu-se e vimos o anúncio pronunciado em suas palavras:
“Nunc dimittis servum tuum, Domine, secundum verbum tuum in pace, 30 quia viderunt oculi mei salutare tuum, 31 quod parasti ante faciem omnium populorum, 32 lumen ad revelationem gentium et gloriam plebis tuae Israel.”
As palavras de Simeão anuniaram ainda coisas em que devemos nos atentar, atentar para a salvação que a todos é propiciada, que a todos é agraciada e presenteada, a Salvação que chegou na cidade de Davi. Nos diz também, que a salvação não era exclusiva de um povo, rompendo assim, toda e qualquer arrogância que pudesse existir, e como ainda nos toca essa necessidade de compreensão, onde vemos países ostentarem o baluarte de exclusividade que alimenta a prepotência, o preconceito, o ódio, a xenofobia, a guerra, entre outros. A luz salvívica atinge agora a todos os povos, a todas as nações, a cada sujeito independente de sua origem étnica, ou condição social, a luz veio ao mundo e habitou entre nós.

A esperança que movera este simples homem deve ser o símbolo exemplar de como podemos esperar com grande alegria para vermos a face de Deus, de como somos guiados ao Deus-menino se atentos estivermos a justiça e temor de Deus. A esperança que estrapola a mundanidade e se aconchega aos corações sinceros e de boa fé, a esses corações podemos antecipar a chegada da salvação, que desfaz do tempo, abrilhanta nossa alma e nos dá motivos para acreditar que a chegada do Emanuel (Deus conosco), trouxe o homem novamente ao contato com a eternidade, por isso a esperança que se espera da manjedoura não é uma esperança perecível, mas que nos possibilita, mesmo em um mundo repleto de dores, manifestadas na alma do homem e também em sua carne, das formas mais crueis que podem existir, uma esperança perene trazida dos céus, que nos permite seguir com júbilo e alegria.

Danilo Reis 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A vida é só um passeio


O mundo é como um passeio em um parque de diversões. E quando você escolhe entrar nele, você pensa que ele é real porque nossa mente é poderosa. 
E no passeio você vai para cima e para baixo e dá voltas.
 Ele tem emoções e calmarias, e é muito brilhante e colorido, e é muito barulhento e é divertido, por um tempo. 
Algumas pessoas estão no passeio por muito tempo, e elas começam a questionar – isso é real ou é só um passeio? E outras pessoas lembram, e elas voltam para a gente. Elas dizem “Ei! Não se preocupe, não fique com medo, nunca, porque é só um passeio”. E a gente… mata essas pessoas. Ha ha ha. “Calem a boca dele! Nós temos muito investido nesse passeio. CALEM A BOCA DELE! Olhe para minhas rugas de preocupação. Olhe para minha rica conta bancária e minha família. Isso tem que ser real.” 
É só um passeio...
 Mas nós sempre matamos esses caras bons que tentam e nos dizem isso, você já percebeu isso? 
E deixamos os demônios enlouquecer. 
Mas isso não importa porque é só um passeio. E podemos mudar a hora que quisermos. É só uma escolha. 
Nenhum esforço, nenhum trabalho, nenhum emprego, nenhuma economia, e dinheiro. 
Uma escolha, agora, entre medo e amor. 
Os olhos do medo querem que você coloque fechaduras maiores nas suas portas, compre armas, se tranque. Os olhos do amor, por outro lado, veem todos nós como um.
 Eis o que vocês podem fazer para mudar o mundo, agora, para um passeio melhor.
 Pegue todo o dinheiro que gastamos em armas e defesa todo ano e ao invés disso invista em alimentação, roupas e educação para os pobres em todo o mundo de forma que nenhum ser humano seja excluído e nós poderemos explorar o espaço, juntos, tanto por dentro quanto por fora, para sempre, em paz.
Bill Hicks

sábado, 26 de outubro de 2013

OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS

(Rabino Nilton Bonder)

Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica.
Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação.

Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.

A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.

Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.

Hoje, o tempo de "pausa" é preenchido por diversão e alienação.
Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações para não nos ocuparmos. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições.

Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo...

Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.
Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente.

As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado...

Nossos namorados querem "ficar", trocando o "ser" pelo "estar".

Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI - um dia seremos nossos?

Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante.

Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...

Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida.

A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é: o que vamos fazer hoje? Já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo.

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande "radical livre" que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.

Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.

Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

E disse Deus

-Haja luz!
E Deus criou o sol.

-Haja amor!
E Deus criou você.

Quando a imagem fala


domingo, 13 de outubro de 2013

Pinóquio e o conceito de mentira

As histórias infantis de forma geral tendem a trazer algum tipo de ensinamento, e dentre as histórias que me chamam a atenção, é do boneco Pinóquio. Basicamente a história de um boneco de madeira que quer virar um menino de verdade, e para isso precisará ser verdadeiro e bom. A cada vez que Pinóquio mente, o nariz dele cresce como parte de uma punição por suas mentiras.

Deixando o resumo de lado, o que podemos retirar desse história? Acredito que temos algo muito peculiar, pensei - mentir traz algo que é visível, mas o traz de forma alterada, no caso de Pinóquio, o nariz que cresce. A mentira ela é tão danosa as pessoas, que ela altera a realidade, deforma-a, transtorna-a. Torna as coisas ao seu redor diferente daquilo que deveria ser, e afasta-nos dos benefícios de tornamo-nos completos. Assim como Pinóquio que vira um menino de verdade, ao se distanciar da mentira, talvez devêssemos pensar em nossas vidas com Deus de forma semelhante. Por isso Deus ama a verdade, por isso Jesus se identifica como sendo a Verdade, como aquele que demonstrar fidedignamente a face de Deus, onde não há mentira. Quanto mais nos aproximamos da Verdade, quanto mais somos verdadeiros, mais próximos de Deus estaremos, mais próximos de assemelharmos com Jesus chegaremos.

“Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Coríntios 13:8

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Antítese

‘’O cristianismo é de uma seriedade tremenda (...), Ser Cristão é sê-lo no espírito, é a inquietude mais elevada do espírito (...). Entretanto, depois de dois mil anos, tudo se tornou superficialidade na cristandade atual ‘’. Soren Kierkegaard 


Eu odeio a hipocrísia que se alastra e deixa um rastro fetido e deplorável.
Eu odeio o cheiro de dinheiro, milagrismo e milagreiros fajutos e aglutinadores.
Eu odeio o falso evangelho de Jesus tratado por "grandes" sobre o púlpito.
Eu odeio te chamar de irmão e nunca lhe dar a mão, o pão, o colo quando necessitas.
Eu odeio essas mentes atrofiadas, muitas vezes "acéfalas" que não conhecem sua história.
Eu odeio os "shows" promovidos todos os domingos, pergunto-me onde está o simples evangelho de vida, empueirado na biblioteca da Vida Abundante?
Eu odeio acusadores que não olham para si próprios, lastimas chamados de "cristãos".
Eu odeio o julgo aprisionador.
Eu odeio ver o nome de Jesus manchado pelo mercantilismo renascente do medievo.


Porém...

Amo a verdade que desfaz o embaraço e exala vida e suáve perfume.
Amo o evangelho doador, curador de corpo e de alma dos que estão "doentes".
Amo o envagelho de Jesus proclamador de Direito, Justiça e Misericórida. 
Amo o te chamar de irmão, suportar suas dores, querer-lhe bem e junto carregar tua cruz.
Amo o conhecer, porque não andarei perdido, e viverei a verdade que liberta.
Amo o simples evangelho promovido nas casas, nas ruas, nas esquinas e em alguns púlpitos (raríssimos) que emanam Reino de Deus, Reino dos Céus.
Amo os humildes de espírito e de coração que vestem panos de saco e não se pôe maior que outrem.
Amo o evangelho libertador.
Amo ver o nome de Jesus ser exaltado pela doação total de pessoas que compreendem a Vida Verdadeira Vida!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O escritor

O escritor é uma criança brincando com as palavras
é um arquiteto das letras
é alguém que faz amor com a escrita
é o criador de um universo composto apenas por palavras.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Desejos

Desejo que meus lábios encontrem nos seus lugar-comum.
Que minha boca se torne tão sua e tão parte de você como se fossemos um só.
Que meu corpo se queime, mas que ele não se consuma, sempre que encontrar o seu.
E que meus olhos ache beleza em tudo toda vez que eu olhar para você. 
Ainda que os anos passem e tudo se transforme.
Que eu te veja sempre bela.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Adoração Extravagante

E houve o tempo dos "extravagantes", os adoradores que o adoravam por meio da música. Teve seu ápice musical nos tempos onde os elementos se tornaram símbolos do mover de Deus.
A água, por exemplo, era cantada em forma de chuva no mantra exaustivo do "faz chover" que ganhou inúmeras versões e diluviou igrejas por todo o Brasil.
Houve também quem se banhasse em "rios" e arrefecesse sua alma nas "águas purificadoras".
Não tão distante dali, no meio pentecostal, o fogo era mais atrativo. Fogo que também estava presente no meio dos extravagantes. Era tanto fogo que 500° foi pouco diante de tanto calor dos jovenzinhos e jovenzinhas neopentecostais incandescentes e suas vigílias de bençãos natalícias.
Era muito comum ouvir o termo "vento do Espírito" e pedir pra que a terra fosse cheia e diversas outras expressões.
Claro, não podia faltar aí o termo mais clássico no meio das canções bregas e que foge aos elementos naturais: o coração!
Eu ficava imaginando que se tocasse tudo isso em um culto só, ou seja, se todas as canções se concentrasse na terra, fogo, vento, água e coração, quem se manifestaria ali não seria Deus e sim o Capitão Planeta.

domingo, 1 de setembro de 2013

Parafraseando Lewis



Nenhuma dor é para sempre
nenhum sucesso também é
nenhuma alegria ou tristeza
nenhuma conquista, nenhuma perda
o valor de cada coisa é dado de acordo com o tempo que me importo com ela
a única certeza que eu tenho é a insatisfação! Essa eu sempre terei em relação a tudo.
A razão disso? O que procuro não acharei aqui, o que espero não está aqui, não fui feito para esse momento limitado pelo tempo e espaço a que chamamos vida.
A esperança de algo maior após isso é o que alimenta minha alma e aquieta meu espírito.



terça-feira, 20 de agosto de 2013

O evangelho do Reino dos amigos

Quem faz amigos cria uma fábrica de santos.
Foi isso que Jesus fez quando tornou aqueles 12 homens comuns em 12 personagens importantes na história.
Eles poderiam ter sido apenas homens comuns como tantos outros que viram os milagres e ouviram a mensagem, mas por alguma razão que a nós não importa, Jesus viu neles a capacidade de se tornarem santos.
E quando eu digo santo é no sentido que a palavra ganhou vida em mim.
Santo, no meu modo de ver, se tornou o que a palavra é: separado.
E não é o "separado do pecado" ou coisas do tipo, é separado no sentido de ser único.
Pedro não deixou de negar Jesus mesmo sendo santo.
Judas não deixou de traí-lo, mesmo sendo santo.
João não deixou de pedir fogo consumidor dos céus, mesmo sendo santo.
Nenhum deles deixou de ser amigo, e portanto, não deixaram de ser santos, porque não deixaram de ser separados.

Faça amigos, não faça prosélitos!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Converta amigos


... Não importava o que eu dizia ou perguntava, tudo sempre terminava com a mesma pergunta recheada de intolerância farisaica: E você o que tem feito?
Percebi que nesse questionamento o que menos importava era realmente os feitos. O "fazer" da questão era um subterfúgio para dizer que qualquer coisa ainda era bem menor do que os feitos daqueles de quem você falava.
Tudo era a vaidade de quem fez mais, não importa se os feitos eram bons ou ruins.
Daí eu percebi o grande trunfo desse evangelho neopentecostal: Assim como num Banco, o importante são os números e não os meios que chegamos para alcançá-los! Status e nada mais que isso.
Enquanto que meus olhos focavam em algo de menor proporção, mas que eu considerava bem maior e mais forte do que tudo: "uma alma vale mais que uma vida inteira"... Para mim, isso não significava converter vários a minha filosofia, a minha religião, era muito mais simples que isso era apenas "faça de um estranho o um grande amigo"...

Fragmento de um livro que estou elaborando há 1 ano, mas ainda não saiu de fragmentações. HAHA

domingo, 5 de maio de 2013

Verdade

A Verdade...
Sempre fui apaixonado por ela!
Sempre a respeitei, a amei, a desejei, a preferi acima de todas as coisas.
Porém, as pessoas insistem em dizer que há "verdades e verdades", que ela pode se apresentar de diversas formas e eu entendia que verdade poderia ser maquiada.
Há muitas histórias que eu poderia contar pra figurar isso que estou dizendo, mas uma me chama atenção sempre que penso nisso:
Um domingo qualquer acordei pela manhã e percebi que a casa estava diferente. Tava minuciosamente arrumada (não que fosse uma bagunça) e minha mãe já tinha até preparado o almoço (não que ela seja preguiçosa) e a mesa tava bastante farta com variedades no cardápio (não que nosso cardápio seja pobre, somos mineiros e nos contentamos com um frango com quiabo, tutu de feijão, arroz e uma salada).
Estava tudo muito bem organizado como se fôssemos receber uma visita importante. E mais tarde chegou a visita ilustre. Se tratava do namorado da minha mãe. Havia algum tempo que ela tinha separado do meu pai e era seu primeiro relacionamento pós casamento.
Claro que eu não poderia deixar passar desapercebido aquela cena e fui logo comentando com o sujeito: "As coisas não são bem assim como você está vendo".
Não era bem daquele jeito mesmo. Temos costumes mais simples. Muito do que estávamos fazendo aquele dia fazemos naturalmente todos os dias, apenas maquiamos pra que ficasse bem visível a ideia e causasse uma reação positiva.
Bom, verdade maquiada é um pouco disso.
As pessoas precisam transformar a verdade num cartaz de boas vindas sorridente e atrativo pra não causar um choque.
E com isso, cada vez mais a verdade nua e estampada vai causando uma má impressão.
Não estamos mais capacitados pra receber a sinceridade. Amamos sinceridade da boca pra fora.
Por dentro temos medo do choque que isso possa nos causar.
O que queremos mesmo são palavras doces e gentis para acariciar o ego com uma sutileza de verdade.
Desculpe se sou ignorante ou extremista, mas isso não serve pra mim. Isso não funciona comigo.
Por vezes fui interpretado como ignorante por amar tanto a sinceridade. Talvez eu seja ou já fui algumas vezes mesmo.
Será que estou errado em querer que as pessoas recebam da minha parte aquilo que sou? Ou eu deveria me enquadrar nos moldes da sociedade e maquiar a verdade?
Nesse meu jeito de ser, já perdi amigos e ganhei outros. Talvez eu não tenha perdido nada.
Amigo é aquele que te aceita do jeito que você é. Os outros vão tentar enquadrar você do jeito deles.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Queira, busque, cuide e ame

Queira como se fosse seu.
Busque como se já obtivesse.
Cuide como se em algum momento fosse perder.
Ame como se fosse único.

quarta-feira, 20 de março de 2013

A justiça de Deus não é a justiça dos homens


Muita gente vai se frustrar quando perceber que a justiça que esperavam de Deus contra seus opressores será um amor imensamente maior do que o mal que eles causaram.
Aí eles aprenderão que Deus não é como os homens: ele não paga com a mesma moeda, ele sempre pagou o mal com bondade; a tristeza com felicidade; o ódio com alegria; a dor com sorriso; a desigualdade com união e nisso consiste todo ensinamento de Jesus.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Onde está o amor?

Um amigo me disse certa vez: Evangélicos não amam ao próximo como a si mesmo, amam seus semelhantes.
Transformei essa frase em: Religiosos não amam ao próximo como a si mesmo, amam seus semelhantes.
Acho que esse é um mal compartilhado por religiosos em geral, mas uma verdade tenho que dizer porque foi onde eu mais vi isso acontecer por motivos óbvios, era onde eu estava inserido.
Não há amor no meio evangélico.
Os caras te evangelizam, te levam aos cultos, dizem te amar, dizem que estarão ao seu lado, dizem que são seus verdadeiros amigos e irmãos.
Mas aí, um dia qualquer, você começa a pisar na bola e a seguir conselhos errados de gente leviana.
E seu amigo, irmão, aquele cara que ta contigo em todas as paradas, que te evangelizou, passou as noites em claro nas vigílias contigo... Ele nada pode fazer porque estaria "julgando" você e o líder a quem você segue.
Então, seu irmão/amigo te isola porque também não vai ir pro inferno contigo, e também não vai te alertar para não "tocar nos ungidos" e aí cometeria os pecados de julgar e tocar no ungido. Melhor assistir você se ferrar de camarote.
Aí eu pergunto: Que amor é esse?

To cansado dessa hipocrisia


Se um ateu faz algo errado: Não crê em Deus, não tem Deus na vida.

Se um católico faz algo errado: Idólatra, serve há muitos deuses.

Se um macumbeiro faz algo errado: Feiticeiro, servo de satanás, usado pelo diabo.

Se um crente faz algo errado: Não julguemos... Quem não tiver pecado atire a primeira pedra... Deus quem vai julgar.

Lógica gospel para aprovação de doutrinas


1- se o pastor famoso anuncia na tv, pode. Plim Plim de Jeová!

2- se a maioria aprova, pode. 1 milhão de moscas não podem estar erradas!

3- se é em beneficio dos fiéis, pode. Lei de Gerson capítulo 1 verso 5!

4- se deu certo comigo então vai dar certo com todos, então pode. Sigam-me os bons!

5- Sonhos, revelações, anjos falando, sinais, claro q pode. Psicografia!

Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.
Martinho Lutero

Visão de Deus

Deus olha para o homem e vê a eternidade.
O homem olha para Deus e vê um momento, uma escolha, um pecado.

Evangeliquês

Evangélicos adoram frases de efeito e trocadilhos para pregar suas (vaidades) verdades.
Existem muitos nomes dado a esse fenômeno, o que mais gosto é "evangeliquês".
Representa a gama de frases e neologismos do movimento.
Uma frase bastante repetida é "Deus sem você é Deus, você sem Deus não é nada".
Não estou questionando a veracidade, nem a obviedade da frase, só o tom apelativo mesmo.
Por isso, tomei a liberdade de criar algumas frases que também representam bem o movimento e aqui vai uma:
"Deus sem seu dinheiro é Deus que te ama e te da tudo de graça, um homem qualquer com seu dinheiro é um aproveitador ficando rico as custas do medo que você tem do inferno".
Então é isso... Até a próxima frase evangeliquês...

Fala sério, Moisés! [2]

Se uma moça é dada por esposa a um homem e este descobre que ela não é virgem, então levarão os homens essa moça até a casa de seu pai e a apedrejarão até a morte...
Deuteronômio 22:20-21