domingo, 31 de outubro de 2010

Fala sério, Moisés

Levítico 12:1-8

Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:

Fala aos filhos de Israel, dizendo: Se uma mulher conceber e der à luz um menino, será imunda sete dias, assim como nos dias da separação da sua enfermidade, será imunda.

E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio.

Depois ficará ela trinta e três dias no sangue da sua purificação; nenhuma coisa santa tocará e não entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação.

Mas, se der à luz uma menina será imunda duas semanas, como na sua separação; depois ficará sessenta e seis dias no sangue da sua purificação.

E, quando forem cumpridos os dias da sua purificação por filho ou por filha, trará um cordeiro de um ano por holocausto, e um pombinho ou uma rola para expiação do pecado, diante da porta da tenda da congregação, ao sacerdote.

O qual o oferecerá perante o SENHOR, e por ela fará propiciação; e será limpa do fluxo do seu sangue; esta é a lei da que der à luz menino ou menina.

Mas, se em sua mão não houver recursos para um cordeiro, então tomará duas rolas, ou dois pombinhos, um para o holocausto e outro para a propiciação do pecado; assim o sacerdote por ela fará expiação, e será limpa.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fé? Fé em que?

Ontem fui na casa de um amigo.
Ele é crente, do movimento penteca e vive tentando me levar pra igreja dele.
Não deixa de ser amigo por isso, afinal de contas a amizade está além de qualquer segmentação religiosa, doutrinária e fé.
Bom, mas durante a conversa, ele me falou sobre a sua igreja e sobre um novo pastor que está lá e me disse uma coisa que é até normal, mesmo que não deveria ser.
Ele falou que em todas as campanhas que o pastor faz ele sempre utiliza de algum objeto palpável para simbolizar esta campanha e despertar fé nas pessoas.
O pastor justifica que o ser humano carece de algo palpável para acreditar e de fato ele não está errado em seu modo de pensar, mas aí eu não pude deixar barato e respondi a ele.
Disse a ele que isso é um dos motivos que me afastam a cada dia mais das igrejas e porque eu não seria membro da igreja dele, por exemplo.
Esse era um dos nossos diferenciais.
Eu, mesmo entendendo que coisas palpáveis me trazem uma certa noção de segurança e confiabilidade, não posso me rebaixar ao nível de um idólatra.
Porque é aí que nasce a idolatria, não apenas na veneração das imagens, mas nessa "instrumentalização" da fé.
Tirar o fator da certeza no improvável e passar a crer por intermédio de um objeto.
É como dizer: atravesse esse tunel de 1km no escuro sabendo que tem perigos dentro dele e dar uma lanterna a quem o atravessa.
Daí eu me pergunto porque um sujeito não pode ter um terço nas mãos e rezar suas novenas se outro pode ter uma fitinha da santidade? É muita hipocrisia!
Voltaram ao período moisaico.
Não me estranho ao ver arcas, candelábros, cruz, e outros objetos sendo usados como ítens poderosos em grandes campanhas de muito êxtase espiritual e emocional.
É um processo de imbecilização, nada mais.
Quando aprenderemos?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O livro mais "foda" da bíblia



"Como és tão formosa e como sabes dar prazer, ó meu amor em delícias!(...) Os contornos de tuas coxas são como joías, obra de mãos de um artista (...) O teu umbigo é como uma taça redonda, em que bebo e não me falta bebida (...) O teu púbis é como um monte feito de trigo, de onde exala um inebriante odor de lírio(...) Postas assim, assemelha-te à parreira e os teus seios são como cachos de uva(...)Então escalarei a parreira e pegarei em teus ramos (...) Então sejam os teus seios como os cachos de uva e o cheiro do teu resfolegar, inebriante como o das maçãs"

(Cântico dos cânticos, capítulo 7)

sábado, 9 de outubro de 2010

O sangue


Desde os tempos mais remotos, o homem vem sacrificando animais e até mesmo pessoas como oferendas a Deus.
Abraão , mesmo antes da criação da religião dos Hebreus, já sacrificava animais, e quase sacrificou até seu filho.
A religião dos Hebreus era baseada na Lei e nos sacrifícios de animais , e o povo entendia que a Lei era para ser seguida, e os sacrifícios são para pagar a Deus pelos pecados cometidos.
Eles não conseguiam entender que a Lei era para mostrar para o homem a sua condição de pecador diante de Deus, era o espelho da maldade do homem.
Não entendiam que o sacrifício era para mostrar ao homem que o resultado do pecado era a morte.
Era uma religião que metafóricamente ensinava que o homem era pecador e por isso não teria vida após a morte.
Outro ponto da religião hebréia que não era compreendido pelo povo, era sobre o Messias.
Eles pensavam que o Messias viria para provar que aquele sistema religioso era mesmo o correto, o do Deus verdadeiro, e a frente do sistema religioso o Messias iria transformar Israel na maior potência sobre o planeta Terra.
Nem imaginavam que já que eles eram pecadores e destinados a morte, Deus enviaria um Messias que transmitiria a mensagem de que Deus é melhor que o homem e ama o pecador imerecidamente, Mas não aceitaria honras partidas de homens, e que por isso e por entender que os homens não entendiam a mensagem do sistema religioso, o tendo transformado sim numa maneira de dominar politica, economica e religiosamente o povo, negaria ser o tipo de Messias esperado pelos homens, e por negar a vontade do homem , foi morto, e enquanto morria demonstrou amor, o tipo de amor que só pode partir de Deus e de seu Filho.
O Messias tinha sido enviado para perdoar o homem, e sua morte na cruz serviu para mostrar indiscutivelmente a toda a humanidade que esse perdão é imerecido.
Depois de algum tempo, o sistema Hebreu acabou, e surgiu no mundo um novo sistema, agora com o sacrifício do Messias como base do sistema.
Nesse novo sistema, chamado Cristianismo, o pecador não precisava mais sacrificar animais, pois o Messias já tinha sido sacrificado e seu sangue tinha pago a dívida do homem pecador para com Deus.
Esse sistema pregava que Jesus tinha morrido na cruz para pagar o pecado do homem, mas que o homem para alcançar esse perdão, deveria se transformar em sacrifício vivo , e só assim participaria da vida eterna.
E o sacrifício vivo era a obediência às regras religiosas.
Assim como o antigo sistema, o novo englobava uma regra a ser seguida e um preço a ser pago.
Mais uma vez o instinto natural do homem, o de ter de pagar para obter alguma coisa nesse mundo, seja através do esforço ou de algum bem, prevaleceu na religião humana, e por não entender a missão do Messias, colocaram um preço no perdão, na Graça, esquecendo que ela éra imerecida.
Acharam que o messias tinha pago pelo perdão dos homens, com sangue, a um Deus que cobrava as coisas com sacrifícios de sangue. Não notaram que o sangue derramado na cruz simbolisa o amor, pois foi por amar a verdade e passar essa verdade aos homens, que Jesus foi morto. Foi morto para mostrar definitivamente que o perdão de Deus tinha que ser imerecido, pois o homem não o merecia.
Esse entendimento errado sobre a missão do Messias prevaleceu nos corações dos religiosos e foi herdado por nós, de hoje em dia, mostrando que o homem é o mesmo, e que a nescessidade do perdão imerecido continua a mesma.
Por que será que os religiosos não conseguem acreditar em um Deus que possua bondade infinita?
O homem é um animal tão orgulhoso que acha que participa na obra de Deus.
Do orgulho humano saiu a religião, possuidora dos mesmos defeitos de seus criadores.
Cada grupo de pessoas acredita em uma religião diferente, sempre com seus livros santos, homens de Deus e casas de Deus.
Transformam Deus em homem, pois pensam que Deus age de acordo com os padrões humanos de comportamento.
O Deus de cada religião não tolera infiéis e os condena a sofrimento eterno, refletindo assim a vontade secreta dos corações dos religiosos.
Nunca houve uma religião que aceitasse um Deus que amasse todos os homens por igual.
No cristianismo, por exemplo, ensinam que Deus ama a todos, mas fica impotente diante da vontade do homem. Dizem que Deus gostaria de salvar a todos e mandou até seu filho ser sacrificado para que os homens sejam salvos, mas essa salvação está nas mãos dos homens, que devem aceitar ou não a religião cristã para que possam ser salvos.
O homem condiciona a vontade de Deus a vontade do homem, desprezando assim a onipotência de Deus.
A salvação fica na condição de mercadoria, que assim como no comércio, está lá na loja ao alcance de quem se dispor a comprá-la, pagando o preço estipulado pelo dono da loja.
Todo religioso, seja de qual for religião, tem um preço a pagar para ser aceito por Deus. Isso acontece desde a criação da religião humana.
Como somos influenciados pelo cristianismo em nossa sociedade , vamos falar a respeito dessa religião:
Quando Moisés montou a religião dos hebreus, ela tinha como objetivo mostrar aos homens que Deus era puro e que o pecado levava o homem a morte espiritual.
A Lei mostrava que o homem era pecador diante de Deus, e o sacrifício de animais mostrava a consequencia do pecado.
Mas o homem, como sempre, transformou essa metáfora em comércio, e quando Deus enviou seu filho para dizer, pois ele era a palavra de Deus, que Deus sabia que o homem não prestava mas o amava assim mesmo, os religiosos, com medo de que essa mensagem acabasse com o comércio religioso, o matou.
Depois, os religiosos cristãos, já com o instinto humano de achar que deviam pagar para obter alguma coisa,interpretaram que os sacrifícios de animais pagavam com sangue os pecados daqueles que sacrificavam tais animais; e tranferiram essa crença para o sacrifício de Jesus, pensando assim que seriam salvos, não pelo amor imerecido de Deus, mas porque a ira de Deus foi saciada pelo sangue do seu próprio filho.
Eles não entendem que Jesus nasceu nesse mundo com a missão de dizer e mostrar que Deus é diferente dos homens e é capaz de amar até seus inimigos.
Jesus foi cordeiro porque preferiu ser morto do que fazer a vontade do homem, e não porque foi enviado para ser morto e saciar Deus com sangue humano. Foi cordeiro porque não lutou para não ser morto.
Os religiosos acham que o preço foi pago com sangue assim como numa macumba a um Deus sedento por vingança.
O que esses religiosos desconhecem é que o preço foi pago com amor, e que o sangue representa esse amor, pois para o homem a coisa mais importante é a vida, e o sangue representa a vida.
Jesus amou tanto o homem, que se deixou ser morto mas não negou a mensagem de amor que ele veio dar, em detrimento ao sistema humano.
Jesus pagou nosso preço com amor e não com sangue; o sangue simplesmente mostra o quanto esse amor foi forte; e o seu sacrifício mostra que o perdão tem de ser imerecido.

Romim