domingo, 5 de dezembro de 2010

O milagre da máquina de lavar


Era noite de sexta-feira, dia 03/12/2010.
Fiz uma prova da faculdade e tão logo acabei me retirei do recinto acadêmico indo em direção a casa de um amigo quando lembrei que nesse horário ele estaria na igreja.
Resolvi passar na igreja, pois pegaria a meia hora final do culto e daria tempo de conversar com esse amigo.
Chegando lá, me deparei com o normal de uma igreja “penteca”: gritos extasiantes do interlocutor para dar ênfase a sua mensagem, seguido de outros gritos de ‘aleluia’ e ‘glória a Deus’ do público alvo.
Típico cenário religioso! O show corria como no roteiro. O bobo da corte, o público e o rei assentado no seu trono feliz com todo o espetáculo.
Entretanto, o melhor do show estava por vir.
Reparei que no centro da igreja havia uma máquina de lavar com um lençol branco por cima e resolvi (para minha tristeza) perguntar para a pessoa ao meu lado do que se tratava aquela máquina de lavar.
Então, ele me respondeu que aquilo era parte de uma campanha.
A campanha do “Tanque de Betesda”. (Cid Moreira feelings)
Talvez você não se lembre ou não saiba, mas num relato bíblico descrito em João 5, cita a cura de um paralítico. De acordo com as escrituras, as águas do tanque eram agitadas por um anjo e o primeiro doente que entrasse nas águas durante a agitação era curado.
O paralítico curado por Jesus não conseguiu entrar porque não havia ninguém que o levasse até o tanque foi então que Jesus, compadecido dele, o curou.
Mas a tal máquina de lavar com águas milagrosas me fez pensar numa coisa apenas:
“PUTA QUE PARIU QUE PORRA É ESSA?”.
Não entenderam mesmo a mensagem de Cristo no Tanque de Betesda.
O milagre não eram as águas, ou o suposto anjo que agitava as águas, era a fé.
É impressionante que em pleno século XXI, com toda tecnologia e informação que temos, ainda haverem religiosos usando “bonecos de voo doo” para seus rituais litúrgicos.
Não entenderam que “misericórdia quero e não holocaustos”?
Não entenderam que basta “pedir em meu nome crendo e recebereis”?
Não existem atalhos.
Até quando? Até quando... [?]