
Um estrangeiro vagava sem rumo certo por uma estrada.
De volta pra casa...
Casa que nunca tinha conhecido, mas já sabia que era minha. Ali era meu lugar, sempre foi, mesmo eu nunca estando.
As paredes são feitas de letras azuis, verdes e vermelhas; Elas são tantas que eu não posso contar! Eu posso coloca-las na ordem que quero, como quero... finalmente liberdade!
Eu sempre a tive, mas como disse acima: sabia que tinha, porém não a conhecia!
Essa parede apesar de não parecer é sólida e segura, basta apenas eu colocar as palavras nos lugares e ordem certos!
Finalmente eu tenho um chão para pisar, posso estar na altura que quero, me movimentar sem mexer os pés. É flexivel, porém estavel. Quanto mais o tempo passa, mais me acostumo com aquilo e nem lembro mais como era não ter chão, mesmo pisando em um luxuoso chão quase toda semana!
O que eu mais gosto é do fato da casa não possuir um teto!
O infinito me cobre! Na minha casa não existem construções humanas, portanto nada me impede de alcançar o céu; Nela não preciso de lâmpadas, O próprio sol me ilumina.
Minha casa já não é mais uma catedral!
Minha casa é um reino, faço parte dele, mas não me pertence.
Minha casa está dentro de mim!
De volta pra casa...
Casa que nunca tinha conhecido, mas sabia que era minha. Ali é meu lugar, sempre foi!
Nem todo o ouro desse mundo pode compra-la, nenhum sopro pode derruba-la, nenhuma palavra de maldição pode ultrapassar sua parede.
Minha casinha... Onde não sou rei, mas é minha...
Agradeço todos os dias por não ter sido coroado rei de mim e mesmo assim ter sido liberto dos palácios onde pessoas com síndrome de ‘semideus’ fazem as regras e escravizam seguidores em um pseudo-reino.
Hoje sou livre na minha casinha, apenas mais uma entre tantas e tantas que formam um verdadeiro reino.
Um dia terei outra coroa para ganhar, uma nova casa para ir, um reino literal para compartilhar. . .
Fernando Portes
Hoje a tarde enquanto eu passava pela parte central da cidade vi uma cena muito curiosa que me chamou atenção.
Tratava-se de um homem com uma bíblia nas mãos "evangelizando".
Ta bom, essa cena é muito comum em todos os lugares, mas foi a forma como ele chamou atenção do público alvo que me despertou curiosidade.
Ele tocava uma trombeta como descrito no apocalipse.
E não era só a trombeta apocalíptica que chamou atenção, mas também o conteúdo da mensagem do mesmo gênero.
O evangelismo foi rápido e com o velho terrorismo gospel: "O CAOS ESTÁ VINDO SOBRE A TERRA! JESUS ESTÁ VOLTANDO!" entre outras frases feitas.
Como assim? O caos está vindo a terra está associado com Cristo? Cristo traz o caos ou salvação? Que espécie de evangelismo é esse?
Evangelizar é apenas entregar a boa notícia, ou como diria um texto "Evangelizar é boanovizar o mundo".
Evangelizar é trazer conforto aos corações aflitos.
Evangelho é a esperança de dias melhores, ainda que todos os dias sejam maus.
Evangelho é a boa notícia! Qual é a boa notícia?
Cristo, o filho de Deus veio ao mundo nos justificar de toda a culpa e nos tornar inocentes aos olhos de Deus, nos absolvendo de toda condenação que nos aguardava e que era justa e merecida, pois todos somos maus.
Em Cristo há esperança!
Nele tudo se renova, tudo se transforma.
Nele não há caos, pois a todos ama incondicionalmente!