domingo, 20 de junho de 2010

A marca da Besta

Em 70 dc, 25 anos após a morte de Jesus o imperador romano Tito devastou Jerusalém, destruindo o Templo principal pela primeira vez. A idéia era acabar com os judeus contrários à presença romana, o que ele conseguiu com relativo sucesso.
Porém, Jerusalém foi reconstruida aos poucos e em 105 dc, João escreve o seu livro do Apocalipse, baseado em outros escritos que circulavam na Judéia, porém associando fortemente os seguidores de Paulo aos conquistadores romanos.
Naquele momento a igreja cristã que chamamos de primitiva estava dividida entre seguidores de Pedro, de Paulo e os que seriam chamados de gnósticos, fiéis aos ensinamentos de Jesus.
Em 130 dc, com Jerusalém já reconstruida, Adriano, imperador romano da época resolve reformar Jerusalém e transformá-la em uma cidade de aparência grega. Destroi o templo mais uma vez e em seu lugar ergue uma estátua de Zeus e no Gólgota (onde Jesus foi crucificado) ergue uma estátua de Afrodite.
Em 131 eclode uma rebelião de judeus insatisfeitos, liderada por Simão, que se intitulava o Filho de Davi. Entre 131 e 136 os judeus foram perseguidos e dizimados. Homens, mulheres e crianças. Ao ganhar finalmente a guerra, em 136 dc, Adriano deu a seguinte opção os judeus que sobraram: Ou serem vendidos como escravos ou permanecerem em Jerusalém, negando completamente a sua identidade e abdicando de qualquer autonomia . Eis o cumprimento da profecia presente em todos os apocalipses que circulavam naquela época: para poder viver na Judéia, os judeus tinham que imprimir na testa (negando a sua identidade) e na mão (Abdicando da autonomia - inclusive financeira) a marca da besta (Adriano).
A grande prostituta nada mais é do que a igreja cristã romana que permaneceu ao lado de Roma na destruição de Jerusalém e influenciando as outras igrejas gentias que inclusive, não receberem judeus que fugissem de Adriano.
Adriano, após a expulsão dos judeus, mudou o nome da região para Palestina, em homenagem aos filisteus, que já habitavam a Judéia antes dos judeus. O judaismo perdeu força como identidade nacional e permaneceu assim até o surgimento do sionismo no século XIX.
A igreja cristã usa o Apocalipse de João como forma de amedrontar os fiéis desde o seu surgimento, já tendo eleito inúmeros anticristos e inúmeras bestas ao longo da história. Nada mais é do que uma lembrança do terror apocalíptico de Pedro, para fazer conversões pelo medo.
Quem quiser saber a opinião do Cristo sobre tudo isto, leia com atenção o sermão profético, onde ele relata exatamente a destruição de Jerusalém por Adriano mas é bem claro: isto é apenas o princípio das dores.