quarta-feira, 26 de agosto de 2009
E disse Jesus:
Desejo que vocês montem um livro juntando as escrituras judaicas e textos que vocês escreverem. A partir desse manual de conduta e fé, quero que montem uma instituição.
Quero que vocês juntem as pessoas que aceitarem ser da minha religião, e com o dinheiro que elas doarem, construam templos para servirem de sede da minha instituição.
Quando os templos estiverem prontos, quero que vocês realizem reuniões animadas e com música e cantores, com muitos testemunhos, sermões e ritos. Eu ajudarei vocês, enviando o espírito santo para derrubar as pessoas e faze-las falar palavras sem nexo.
Com o dinheiro dos dízimos, das ofertas, dos propósitos, da ajuda às missões, das excursões, das festas, da venda de produtos literários, videográficos e sonoros, e da renda da cantina, quero que vocês aumentem o tamanho do templo cada vez mais, para que as pessoas achem que dentro desses luxuosos templos estão na minha casa.
Dou o direito de que os comandantes dessas instituições sejam chamados Homens de Deus, e que conquistem poder político através do voto das nossas ovelhas.
Com esse poder político, quero que consigam concessões de radio e tv, e através desses meios de comunicação, divulguem minha religião até que a maioria das pessoas tenham me aceitado.
E depois que o mundo estiver sob o nosso controle, eu voltarei e mandarei para o inferno os poucos que estiverem desviados da minha religião, e aí sim, meu trabalho estará completo, os meus religiosos estarão felizes eternamente e os que não quizeram se converter estarão queimando eternamente. Isso é que é o mundo de Deus, o mundo perfeito!
Estará consumado!
Romim
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Angústia
Oh meu coração, como sangras
como sofres minha alma triste
que escuridão, nunca assim me viste
caminhando por caminhos sem direção
caminhos incertos, indecisão.
O que procuras? O que acharás?
Nunca em mim vistes tamanha paixão
mas como amar, se não ver-te-eis serás ilusão?
Fraquezas do coração!
E tu, o que deveras sentes?
O amor reconhece-te a uma alma ausente
como és grande este inferno de amar
vivendo a procurar, com medo do que achar
és tão amarga, solidão
tão amarga pra ti coração
vos sois que consome em paixão
O que será de mim?
O que será de ti?
oh almas errantes; como dói os cravos de tua punição
como queima estas chamas
fogo de uma paixão
até quando duraste?
tu, vela da imaginação...
Simone Ferreira
domingo, 16 de agosto de 2009
Campanha do amor ao próximo
sábado, 15 de agosto de 2009
O Cristo Genérico e o Jesus Autêntico
Jesus Autêntico: Milhões morreriam por Ele.
Cristo Genérico: Os fins justificam os meios.
Jesus Autêntico: Decreta os fins e estabelece os meios.
Cristo Genérico: A auto-estima acima de tudo.
Jesus Autêntico: O Amor acima de tudo.
Cristo Genérico: Os interesses pessoais como prioridade.
Jesus Autêntico: O Reino de Deus e a Sua Justiça.
Cristo Genérico: Multiplicar para concentrar recursos.
Jesus Autêntico: Compartilhar para espalhar recursos.
O Cristo Genérico é encontrado nas prateleiras dos mercados da fé.
O Jesus Autêntico é encontrado em nosso semelhante, principalmente nos marginalizados, nos excluídos, nos famintos.
O Cristo Genérico é um aliado dos poderes constituídos
Jesus Autêntico Se solidariza com os oprimidos
O Cristo Genérico está disponível nas catedrais da fé.
O Jesus Autêntico não se acomoda na suntuosidade dos templos.
O Cristo Genérico oferece milagres à granel
O Jesus Autêntico faz da vida um milagre.
O Cristo Genérico pede seu tudo, sem ter nada a oferecer
O Jesus Autêntico oferece tudo, sem nada lhe pedir
O Cristo Genérico busca ser bajulado.
O Jesus Autêntico é honrado quando colocamos em prática o que Ele ensinou.
O Cristo Genérico se contenta com mãos erguidas aos céus.
O Jesus Autêntico procura por mãos estendidas ao próximo.
Hermes Fernandes
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Relacionamento e submissão
Os relacionamentos verdadeiros são marcados pela aceitação, mesmo quando suas escolhas não são úteis nem saudáveis. Esta é a beleza que você vê no meu relacionamento com Abba e Sarayu. Nós somos de fato submetidos uns aos outros, sempre fomos e sempre seremos. Papai é tão submetida a mim quanto eu a ela, ou Sarayu a mim, ou Papai a ela. Submissão não tem a ver com autoridade e não é obediência. Tem a ver com relacionamentos de amor e respeito. Na verdade somos igualmente submetidos a você.
Mack ficou surpreso.
- Como pode ser? Por que o Deus do universo quereria se submeter a mim?
- Porque queremos que você se junte a nós em nosso círculo de relacionamento. Não quero escravos, quero irmãos e irmãs que compartilhem a vida comigo.
A Cabana, páginas 132 e 133, Editora Sextante
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Lembrança
Essa história aconteceu quando eu tinha por volta de 5 ou 6 anos.
Era domingo a noite, na Igreja Batista da Pompéia no bairro Pompéia em Belo Horizonte, igreja da qual fui iniciado a ouvir a mensagem do evangelho, mesmo ainda muito novo e sem entender esse evangelho, mas não quero falar de agora, pois o que me vem a memória foi algo que aconteceu nesse domingo quando eu ainda era uma criança...
Estava com minha avó, Maria Laura, carinhosamente chamada de “Dona Filinha”.
O pastor estava chamando o pessoal que queria aceitar a Jesus naquela noite, e havia um livro azul, era um azul escuro, e meus olhos de criança olharam e desejaram aquele livro.
Eu estava aprendendo a ler e queria ter aquele livrinho, então, fiz o pedido para minha avó – “Vó, pega aquele livro pra mim?” – ela me respondeu –“Você precisa levantar as mãos e ir lá na frente pra te darem o livro”-.
Em toda minha inocência, levantei minhas mãos e fui lá na frente – eu realmente queria aquele livro -. Todos me olhavam, alguns sorriam, outros cochichavam, mas eu não tava nem aí, queria o livro.
Me deram o tal livrinho, e por incrível que pareça, não lembro nem qual era o título, só sei que era um livrinho com ensinamentos primários do evangelho para novos convertidos. Nem me lembro se li o livro todo, eu apenas gostei e quis ter aquele livro.
Evidente que não “aceitei” Jesus naquela noite, eu não tinha entendimento pra saber nem quem era Jesus.
Só me lembrei dessa história, vivida com minha avó... Talvez tenha me lembrado, porque no último dia 28 de Julho, completou o aniversário de 1 ano da morte dela. Acho que foi o dia mais triste da minha vida até hoje.
Lembro-me ainda, que nas reuniões de família, ela e mais umas três tias, cantavam canções da harpa cristã e contavam histórias bíblicas...
Cresci desejando ser como minha avó era; cuidar e ajudar fraternalmente as pessoas, como um pastor deve ser; evangelizar com alegria e amor a mensagem do evangelho que é amor, como um evangelista deve ser; servir e tratar qualquer pessoa de forma igual, não importando qual seja sua “farda ministerial”, ou mesmo, se não tenha uma, ou nem seja cristão...
Ainda estou longe de ser tudo isso, mas esse desejo de ser importante pra alguém, que seja uma pessoa apenas, da mesma forma como minha avó foi importante pra mim, e pra várias outras pessoas, permanece vivo em meu coração!